Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração 6,10% para queda de 5,95%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 6,50%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
Em junho, o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) recuou 9,73% em abril ante março, na série com ajustes sazonais. Foi o maior recuo da história em um único mês.
No Focus divulgado nesta segunda-feira (20), a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 9,00% para queda de 7,86%. Há um mês, estava em baixa de 5,50%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 4,00%, ante 3,50% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,30% para 67,50%. Há um mês, estava em 66,20%. Para 2021, a expectativa foi de 69,60% para 69,95%, ante 67,45% de um mês atrás.
O Relatório de Mercado Focus trouxe ainda alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 11,00% para 11,65%. No caso de 2021, seguiu em 3,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 10,10% e 2,30%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 foi de 15,25% para 15,70%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, passou de 6,80% para 6,55%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 14,80% e 6,45%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Os avanços nas projeções refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o país terá um cenário fiscal ainda mais difícil.
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020, de superávit comercial de US$ 54,00 bilhões para US$ 55,15 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 52,50 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 55,25 bilhões para US$ 53,40 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55,00 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 9,50 bilhões para US$ 8,85 bilhões, ante US$ 13,95 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo seguiu em US$ 19,50 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 20,99 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no país (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 foi de US$ 55,00 bilhões para US$ 53,95 bilhões. Há um mês, estava em US$ 60,00 bilhões. Para 2021, a expectativa seguiu em US$ 64,10 bilhões, ante US$ 75,00 bilhões de um mês antes.
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