Em meio à pandemia do novo coronavírus, a Receita Federal estuda adiar o prazo de entrega do Imposto de Renda 2020. A informação é do supervisor do IR, Joaquim Adir.
"Essa análise [de adiar] está tendo. A gente está avaliando, estão no processo de avaliação. Não temos certeza ainda do que vai se fazer. A gente precisa só aguardar para ver como vai se comportar isso, até porque ainda falta um mês e meio", disse.
De acordo com Adir, por enquanto, está mantido o prazo final, que é 30 de abril. O último balanço da Receita, divulgado na quinta-feira (12), mostra que o fisco recebeu, até agora, 11,8% do total de 32 milhões de documentos esperados. Os números indicam que são 3,8 milhões de documentos foram enviados até agora.
O contribuinte que é obrigado a enviar o IR, mas perde o prazo, paga multa. O valor mínimo é de R$ 165,74, mas pode chegar a até 20% do imposto devido no ano.
Dentre as exigências que obrigam a entregar a declaração está ter recebido rendimentos tributáveis de mais de R$ 28.559,70 no ano, o que dá R$ 2.379,97 por mês. Salário, aposentadoria e pensão são considerados rendimentos tributáveis.
Quem recebeu rendimento isento, não tributável ou tributado exclusivamente na fonte de mais de R$ 40 mil também precisa declarar. O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) entra nesta regra.
A declaração do IR é feita e entregue online, pela internet. No entanto, muitos contribuintes buscam auxílio de universidades e sindicatos para preencher o documento, principalmente aposentados e pensionistas. O serviço é oferecido há anos em vários locais da cidade de São Paulo, por exemplo, e atende, em sua maioria, o público idoso.
A preocupação é com essa população, acima de 60 anos, que está mais vulnerável ao coronavírus. A indicação de David Uip, secretário de Estado da Saúde e que faz parte do comitê contra o covid-19, é para que idosos não saiam de casa, assim como gestantes, mulheres que amamentam e doentes crônicos.
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