BRASÍLIA - A arrecadação federal de impostos registrou alta real de 1,33% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2019. Esse é o primeiro resultado positivo após seis meses de retração, influenciado pelo início do pagamento de tributos adiados nos últimos meses.
De acordo com a Receita Federal, os diferimentos somaram R$ 64,5 bilhões ao longo dos últimos meses e, em agosto, os pagamentos foram reiniciados.
Somente com Cofins e PIS/Pasep, houve uma arrecadação conjunta de R$ 31,8 bilhões em agosto, o que representa um acréscimo real de 16,28%. Conforme o Fisco, os contribuintes pagaram contribuições com vencimento em abril neste mês.
A Receita previdenciária teve arrecadação de R$ 40 bilhões, com acréscimo real de 13,74%. Esse resultado pode ser explicado, de acordo com os técnicos, pelo pagamento em agosto da contribuição previdenciária patronal relativa ao mês de abril e dos parcelamentos especiais relativos ao mês de maio de 2020.
Com isso, fica interrompida a sequência de quedas no ano. Até julho, os recolhimentos federais apresentaram expansão em apenas um mês: janeiro (4,69%). Em fevereiro e março, houve queda de 2,71% e 3,32% (respectivamente).
Em abril, com os efeitos da pandemia, começaram as quedas de dois dígitos. Naquele mês, houve retração de 28,95% contra um ano antes e, em maio, de 32,92%.
Junho voltou a registrar um forte recuo, de 29,59%. Mas, em julho, os efeitos começaram a arrefecer e a retração foi de 17,68%.
No acumulado do ano, continua havendo queda. A arrecadação foi de R$ 906 bilhões até agosto, o que representa uma retração real de 13,23% na comparação com igual período de 2019.
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