A rede de livrarias Saraiva demitiu, nesta segunda-feira (13), cerca de 500 funcionários, após negociações que se arrastavam desde o começo do ano.
De acordo com Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, a decisão ocorreu por causa da atual crise que assola o mercado editorial brasileiro, e começou a ser discutida antes mesmo da eclosão da pandemia de coronavírus no país.
Após acordo com o sindicato, a Saraiva demitiu 300 funcionários de seu centro de distribuição, localizado em Cajamar (SP), e mais 200 das lojas distribuídas pelo Estado de São Paulo.
Segundo Patah, a decisão foi necessária para preservar a empresa, atualmente em recuperação judicial, e seus outros postos de trabalho antes das demissões, eles somavam quase 2.000.
Os ex-funcionários terão as verbas rescisórias parceladas em até 20 vezes, com um valor mínimo garantido, seguindo o antigo salário recebido por cada pessoa. A multa sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também será dividida.
"Nós tentamos fazer o máximo, mas temos que ter conscência do momento. Esse filme nós já conhecemos, então tivemos aí uma articulação para não perder o bem maior e diminuir o risco de quebrar a empresa, mantendo os empregos que restaram", diz Patah.
Procurada pela reportagem, a Saraiva disse que não iria se manifestar sobre as demissões.
No início de abril, o então presidente da rede de livrarias, Luis Mario Bilenky, pediu demissão diante da crise no setor, agravada pelo isolamento social imposto pela Covid-19. O posto está sendo ocupado interinamente por Deric Degasperi Guilhen, ex-diretor comercial da empresa.
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