BRASÍLIA - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (8) que a reforma tributária se impôs porque o Brasil não podia mais conviver com o atraso.
Sem poder votar a favor do texto, Pacheco fez um discurso no plenário do Senado logo após a aprovação por 53 votos a 24.
"A aprovação da reforma tributária mostra que o diálogo, o consenso e o trabalho conjunto são o caminho para construir o Brasil do futuro. E o futuro do Brasil está aqui, diante de nós. Estamos abrindo as portas para que ele possa entrar."
O presidente do Senado cumprimentou o relator do texto, senador Eduardo Braga (MDB-AM), o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre (União-AP), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), além de técnicos e assessores.
"Não foi tarefa simples construir a confiança necessária para essa mudança no sistema tributário brasileiro. Mas fomos capazes de superar as incertezas", afirmou Pacheco no plenário.
Depois de encampar a agenda da oposição e defender projetos como o que proíbe o porte de drogas independentemente da quantidade, o presidente do Senado passou a afirmar, nos últimos dias, que a prioridade do Senado deve ser a pauta econômica.
Durante evento promovido pelo banco BTG Pactual, na segunda-feira (6), Pacheco disse que a reforma tributária não era "totalmente perfeita", mas havia chegado ao ponto máximo de diálogo, amadurecimento, e participação.
Pacheco também destacou que a reforma tributária era a mais complexa de todas já feitas no Brasil — como a da Previdência e a Trabalhista. "Ela é essencialmente de divergência. Começa a divergência entre o Estado, e o contribuinte", disse.
Pacheco foi reeleito presidente do Senado em fevereiro com o compromisso de ajudar o governo Lula (PT) a destravar a reforma tributária e as propostas prioritárias para os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Planejamento, Simone Tebet (MDB).
Como presidente do Congresso, caberá ao senador mineiro promulgar o texto final da reforma tributária após nova votação na Câmara dos Deputados. A expectativa dele e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é de que isso seja feito até o final do ano.
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