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'Relação comercial com a Argentina é importante', diz Mourão em Vitória

"Relação comercial com a Argentina é importante", diz Mourão em Vitória

A declaração foi dada durante uma palestra a empresários capixabas do setor de importação e exportação. Para o vice-presidente, relação deve ser mantida

Publicado em 29 de agosto de 2019 às 22:06

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Hamilton Mourão durante discurso em Vitória. (Ricardo Medeiros)

Diferente da análise do ministro da Economia, Paulo Guedes, que questionou a importância da Argentina no crescimento da economia brasileira, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse, durante visita ao Espírito Santo, que o país vizinho é o terceiro parceiro comercial do Brasil e que essa relação deve ser mantida.

A declaração foi dada durante uma palestra a empresários capixabas do setor de importação e exportação.

Mourão - Relação comercial com a Argentina é importante

Para Mourão, mesmo com a declaração de meia-moratória por parte dos argentinos, e com o país passando por eleições presidenciais – que podem tirar Maurício Macri do poder – é preciso estabelecer uma boa relação, visando a parceria comercial estabelecida entre os dois territórios.

“Aguardamos o resultado das eleições argentinas, mas sempre com aquela visão de que a Argentina é o nosso terceiro parceiro comercial. Nós precisamos manter essa relação, é importante. É a relação básica de um mercado fundamental, que é o Mercosul. Para todos nós que temos a visão do comércio exterior”, disse.

Além da Argentina, o vice-presidente também comentou a atual situação da Venezuela. Citando a atuação de agentes externos como Cuba, Rússia e China, e também problemas com a divisão das Forças Armadas, narcotráfico e milícias, Mourão frisou que as soluções para o país devem ser discutidas internamente.

“Precisa de muita negociação lá dentro. Não pode descambar, jamais, para uma solução militar vinda de fora. Temos que fazer tudo para que os venezuelanos não se matem uns aos outros. Porque uma guerra civil na Venezuela seria o pior do mundo para todos”, disse.

FRONTEIRA

Na mesma análise, o vice-presidente também falou sobre a migração de venezuelanos para o Brasil, afirmando que só não é maior pela característica das fronteiras que separam os dois países.

“Só não corre mais gente da Venezuela para o Brasil porque a distância entre a nossa fronteira em Roraima e a área mais habitada na Venezuela, é em torno de 600 quilômetros. Então, existe um vazio demográfico aí. O outro lado da fronteira, onde tive a oportunidade de comandar, em São Gabriel da Cachoeira, é selva. Se transita por rio. Essa é a nossa vantagem de não ter um fluxo maior dos nossos irmãos venezuelanos fugindo para o Brasil”, destacou.

Ainda falando sobre os países vizinhos, Mourão destacou a necessidade de reforço nos trabalhos de combate ao narcotráfico nas fronteiras com Bolívia, Peru e Colômbia, que ele classificou como uns dos maiores produtores de drogas.

“Temos que ter uma ação objetiva no combate ao tráfico de drogas internacional, e ao mesmo tempo, lidar com esses nossos vizinhos porque não adianta o esforço só do lado de cá da fronteira, tem que ser feito do lado de lá também”, finalizou.

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O discurso de Hamilton Mourão aconteceu durante uma palestra para empresários, em Vitória. Esta foi uma das agendas do vice-presidente na passagem pelo Espírito Santo nesta quinta-feira (29).

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