Nesta quinta-feira (5), o risco-país brasileiro medido pelo CDS (Credit Default Swap) de cinco anos subiu 14,4% na sessão para 129 pontos. Essa é a maior alta percentual diária desde o Joesley Day , quando o risco-país subiu 29% e foi a 265 pontos.
A ocasião, em 18 de maio de 2017, foi o pregão que seguiu a divulgação de uma gravação comprometedora entre o então presidente Michel Temer (MDB) e o empresário Joesley Batista. Naquele dia, a Bolsa caiu 8,8%.
O risco-país funciona como um termômetro informal da confiança dos investidores em relação a economias, especialmente as emergentes.
Hoje ele é medido principalmente pelo desempenho do CDS (Credit Default Swap). Se o indicador sobe, é um sinal de que os investidores temem o futuro financeiro do país, se ele cai, o recado é o inverso: sinaliza aumento da confiança em relação à capacidade de o país saldar suas dívidas.
Investidores monitoram o impacto econômico do coronavírus, menor expectativa de crescimento para a economia brasileira em 2020 e conflitos entre o governo de Jair Bolsonaro e o Congresso, que podem impactar as reformas tributária e administrativa.
Nesta quinta, a Bolsa caiu 4,65%, a 102.233 pontos, menor patamar desde 10 outubro de 2019, antes da reforma da Previdência ser aprovada no Senado. O dólar subiu 1,6%, a R$ 4,65, novo recorde nominal (sem contar inflação).
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