A Samarco vai começar na próxima semana as obras de preparação da Cava Alegria Sul, no Complexo de Germano, em Minas Gerais. A entrega do local é condição necessária para que a empresa retome as atividades de forma gradual, com pelo menos 26% da capacidade.
A previsão é de que as intervenções durem cerca de dez meses. Se a programação não sofrer atrasos, a cava deve ser entregue em julho de 2019, faltando apenas a Licença de Operação. Depois, para voltar a produzir, a empresa dependeria da conclusão do Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano e, assim, estaria apta a voltar a operar. Inicialmente, somente uma usina das quatro existentes em Anchieta será religada. A empresa espera obter essas licenças ao longo de 2019.
A cava, situada em Mariana e Ouro Preto, terá capacidade para receber 16 milhões de m3 de rejeitos oriundos do processo de beneficiamento do minério e será utilizado quando a empresa voltar a operar.
A intervenção vai gerar cerca de 750 empregados diretos e indiretos, no pico da obra. A Samarco se comprometeu a contratar de 75% a 80% de mão de obra local.
Em dezembro, a companhia conseguiu as licenças prévias e de instalação para utilizar a Cava de Alegria Sul, em Ouro Preto, para depositar rejeitos. Os recursos para as obras já foram aprovados pelo conselho da empresa. Em junho, a Vale divulgou ao mercado que disponibilizaria à Samarco linhas de crédito de curto prazo de até US$ 53 milhões, que é o valor aproximado da obra da cava.
A cava é a estrutura resultante do processo de lavra. Por possuir uma formação rochosa e estável, permite a contenção segura do rejeito nela depositado.
Essas obras permitirão que a Samarco implemente um novo sistema de disposição de rejeitos. A cava é um local confinado, o que confere ainda mais segurança. Além disso, serão incorporadas novas soluções no tratamento do rejeito, afirma o diretor-presidente da Samarco, Rodrigo Vilela.
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