O presidente da TIM, Pietro Labriola, anunciou nesta sexta-feira (10) que a operadora de telefonia deve lançar até setembro um serviços de banda larga 5G em três cidades do país. O anúncio foi feito em convenção on-line da operadora com seus funcionários, aberta a jornalistas.
Com a novidade, a TIM entra na briga com a Claro pela oferta de serviços de quinta geração, mesmo antes do leilão de frequência, adiado para 2021 devido à pandemia.
A Claro passa a oferecer o serviço 5G a partir da próxima semana em bairros do Rio e São Paulo. Para isso, enquanto o leilão de novas frequências não é realizado, a operadora deve distribuir o sinal 5G nas frequências já existentes, liberando velocidade maior para celulares compatíveis com a nova tecnologia.
"Em três cidades do Brasil, nos próximos meses, vamos lançar um novo serviço, com a possibilidade de oferecer a mesma qualidade da fibra na rede móvel. Isso vai permitir chegar com ultra broadband [ultra banda larga] em regiões onde hoje ela não chega, alavancando a tecnologia 5G", disse Labriola, durante sua apresentação na convenção.
A assessoria de imprensa da TIM informou após a apresentação de Labriola que as três cidades serão Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS).
Segundo a assessoria, a operadora vai utilizar a técnica DSS (dynamic spectrum sharing, em inglês), tendo Ericsson, Huawei e Nokia como fornecedores, e aproveitando frequências do espectro atual (4G) para chegar à velocidade do 5G. Além disso, utilizará a tecnologia FWA para disponibilizar banda larga fixa em cima da rede móvel.
O executivo anunciou ainda que a operadora passa a oferecer, a partir desta sexta-feira, em parceria com o C6, um pacote conjunto de serviços de telecomunicação e conta digital.
Segundo Labriola, a crise do coronavírus mostrou a relevância das contas digitais, num país que tem 45 milhões de pessoas sem conta bancária e novos produtos deverão ser apresentados para esse público em breve. A parceria entre a TIM e o C6 havia sido anunciada em março.
O presidente da TIM disse ainda que, com a redução da entrada de novos clientes no mercado de telecomunicações nos próximos anos, o foco da operadora deve ser ampliar a oferta de serviços para consumidores que terão maior necessidade de uso de dados.
Ele lembrou que, entre 2010 e 2016, o mercado cresceu em mais de 34 milhões de novas linhas. Em 2020, serão apenas 1,5 milhão de novos clientes, mas a necessidade de consumo de dados deve crescer três vezes nos próximos anos.
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