Funcionários de concessionárias e trabalhadores de fábricas da Ford fizeram nesta quinta (21) protestos em frente a lojas oficiais da marca de veículos.
Em São Paulo, a manifestação foi organizada pela UGT (União Geral dos Trabalhadores) e pelo Sindicato dos Comerciários. O movimento faz parte de um conjunto de ações aprovadas pelas centrais sindicais contra o fechamento da Ford.
Cerca de 200 funcionários de concessionárias da Grande São Paulo e do interior fizeram um ato em frente à Sonnervig, concessionária Ford localizada no Ipiranga, zona sul de São Paulo.
José Gonzaga, diretor da central sindical e do sindicato, diz que 35 mil funcionários de lojas da Ford estão sob risco de demissão. No dia 11 de janeiro, a empresa anunciou que não vai mais produzir carros no Brasil e fechará três fábricas.
Em Taubaté, no Vale do Paraíba, onde a Ford fabricava motores e transmissões, o ponto de encontro foi a concessionária Econorte, no Jardim Baronesa, inaugurada em agosto do ano passado, já durante a pandemia.
Para os trabalhadores da região, a inauguração realizada apenas cinco meses antes do anúncio de encerramento da produção no Brasil seria evidência da intempestividade da decisão da Ford.
Desde o anúncio do fechamento das fábricas, os metalúrgicos vêm fazendo vigílias nas portarias da fábrica em Taubaté para evitar que a empresa retire equipamentos e peças ou comece a desocupar o prédio.
Nesta semana, a Ford teve as primeiras reuniões com representantes das concessionárias e com o sindicato dos trabalhadores.
Os distribuidores Ford têm evitado falar dos efeitos do fechamento para o setor, pois temem que isso possa prejudicar as negociações em curso com a empresa. Há ainda a preocupação de afastar o consumidor, uma vez que as lojas ainda têm estoques.
No Brasil, a Ford produzia os modelos Ka e EcoSport, ambos da unidade de Camaçari, na Bahia. A decisão da montadora afeta também a unidade da Troller, em Horizonte, no Ceará, que será encerrada até o fim deste ano.
Em Camaçari, os trabalhadores da planta organizaram uma mobilização em frente ao parque industrial. Houve ainda a realização de um ato ecumênico.
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