Quase dois meses após o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, que resultou na morte de mais de 200 pessoas e deixou outras 97 desaparecidas, as operações da Vale continuam alteradas. A empresa suspendeu temporariamente as atividades na mina Alegria, localizada no complexo de Mariana (MG). A estimativa é que, com isso, deixem de ser produzidas até 10 milhões de toneladas de minério por ano.
A produção de Alegria é enviada para o Espírito Santo, segundo a assessoria de imprensa da Vale. No entanto, a empresa não detalhou como o minério é utilizado depois que chega ao Estado se é exportado, ou utilizado nas unidades que produzem pelotas.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo, Max Célio de Carvalho, lembrou que no fim de fevereiro a Vale interrompeu o fornecimento de minério para as siderúrgicas Santa Bárbara, em Cariacica, e CBF, em João Neiva, que até precisou interromper a produção por conta da falta de matéria-prima.
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No comunicado, a Vale informou que as estruturas da mina se encontram estáveis. Entretanto, sob condição de estresse, os resultados obtidos nas análises preliminares de suas estruturas foram inconclusivos, não sendo possível garantir sua estabilidade sob tais condições, completou a empresa.
Os estudos serão aprofundados e, tão logo concluídos com garantia das condições de estabilidade sob condição de estresse, as operações serão retomadas, concluiu o comunicado enviado pela mineradora.
No mesmo dia em que anunciou a paralisação temporária da mina Alegria, a Vale obteve uma decisão favorável para reativação de mina de Brucutu, a maior da empresa em Minas Gerais.
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As operações estavam interrompidas desde o início de fevereiro, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) atendeu um pedido do Ministério Público do estado (MPMG).
Após o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, no dia 25 de janeiro deste ano,a Vale também anunciou a desativação de dez barragens e a suspensão da produção temporariamente.
Porém, o diretor de Relações Institucionais Sudeste da Vale, Sérgio Leite, afirmou, na época que a produção de pelotas e o escoamento de minério no Complexo de Tubarão, no Espírito Santo não seriam afetados. As atividades da empresa no Estado respondem por cerca de 13% do PIB capixaba.
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