Circula em redes sociais desde quarta-feira (2) postagens que afirmam que a Grupo Itapemirim, que já foi um dos maiores do Brasil, decretou falência. Em uma das publicações consta uma montagem com um ônibus da empresa e uma faixa de luto, com os dizeres "mais uma grande empresa abre falência no Brasil, a pioneira Itapemirim, que já foi a segunda maior frota do mundo".
A boataria, segundo o presidente de uma das associações de ex-funcionários e credores da Itapemirim, John Lennon Rodrigues, pegou funcionários de surpresa e criou um clima de medo. "Isso acaba atrapalhando o procedimento de recuperação judicial e deixando credores e funcionários apavorados", disse.
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A proporção do viral foi tamanha que o Grupo Itapemirim, em uma rede social, se manifestou desmentindo o boato. Na publicação, a empresa classificou de "falsa informação" a notícia de falência, e ressaltou que ao contrário do noticiado, a companhia segue com suas atividades e inclusive aprovou, no dia 17 de abril, o plano de recuperação judicial proposto aos credores.
"Ele [o plano] representa uma injeção de ânimo e dá forças para a continuidade das atividades empresariais do Grupo Itapemirim. Novos ares para credores, trabalhadores e para todos aqueles que admiram a empresa", diz um trecho do comunicado. Leia o posicionamento do grupo completo no final da matéria.
Histórico
A Viação Itapemirim, que já foi uma das maiores da América Latina entrou em recuperação judicial em março de 2016 junto com outras empresas que pertenciam à família Cola. Na época, o grupo afirmou possuir dívidas trabalhistas e com fornecedores de R$ 336,49 milhões, além de um passivo tributário de R$ 1 bilhão.
Em novembro do mesmo ano, os então controladores capixabas venderam as empresas recuperandas para os empresários de São Paulo Camila de Souza Valdívia e Sidnei Piva, o que ainda é alvo de briga na Justiça, com antigos e novos sócios disputando o controle das empresas.
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No último dia 17 de abril, conforme noticiou o Gazeta Online, credores aprovaram o plano de recuperação judicial da Itapemirim, concordando com a proposta de divisão de partes da empresa em cinco Unidades Produtivas Isoladas (UPIs). Essas mini-Itapemirins vão absorver os principais ativos da companhia, como imóveis e linhas de ônibus, e serão leiloadas para o pagamento das dívidas do grupo.
Serão quatro UPIs compostas apenas por linhas da empresa, sendo três por região e uma de rotas remanescentes, além de uma unidade com imóveis do grupo. Os leilões dessas linhas e imóveis devem ser realizados em até 12 meses da homologação do plano.
Comunicado do Grupo Itapemirim
"Prezados clientes,
Comunicamos que em relação às publicações envolvendo a falsa informação de que o Grupo Itapemirim estaria em situação de falência, esclarecemos que de forma completamente contrária ao que está sendo disseminado, no dia 17 de abril de 2019, foi aprovado o plano de recuperação judicial proposto aos credores.
Ele representa uma injeção de ânimo e dá forças para a continuidade das atividades empresariais do Grupo Itapemirim. Novos ares para credores, trabalhadores e para todos aqueles que admiram a empresa.
Aos interessados, informações a respeito da ação de recuperação judicial podem ser obtidas no site do Tribunal de Justiça de São Paulo (www.tjsp.jus.br) - processo nº 0060326-87.2018.8.26.0100; 1ª Vara de Falência e Recuperações Judiciais - Foro Central Cível.
Reiteramos que o grupo trabalha arduamente na melhoria de serviços para os seus clientes e também na atualização de sua frota."
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