A Visa e a Mastercard receberam autorização do Banco Central para retomar testes com o WhatsApp Pay e novas instituições financeiras parceiras. A oferta do serviço pelo aplicativo de mensagens segue proibida pelo órgão regulador, que analisa o novo modelo de pagamentos.
O presidente da Visa no Brasil, Fernando Teles, afirma que a autorização, dada no dia 28 de julho, responde a um pedido feito pela empresa ao regulador para incluir emissores de cartões e também credenciadoras (maquininhas) no sistema.
O BC afirma que o pedido para funcionamento do WhatsApp no Brasil "está em análise e segue o trâmite normal de aprovação", sem especificar se houve um aval para testes.
A reportagem apurou que haverá, na próxima semana, uma nova rodada de conversas entre executivos do Facebook (dono do WhatsApp) e o Banco Central.
O WhatsApp Pay foi lançado no dia 15 de junho e logo depois suspenso pelo Banco Central, que temia danos à concorrência. O aplicativo de mensagens tem mais de 120 milhões de usuários no país e começaria com um potencial de 51 milhões de clientes.
Para barrar o serviço, o órgão mudou regras internas e passou a ter a possibilidade de exigir autorização prévia para um novo arranjo de pagamentos (como é chamada a estrutura organizada pelas bandeiras e que liga todos os elos da cadeia de cartões).
Desde o bloqueio, o Banco Central e as empresas adotaram um tom otimista de que a liberação da funcionalidade ocorreria de forma célere.
No começo de julho, Mastercard e Visa entregaram ao BC suas propostas de funcionamento dos pagamentos pelo WhatsApp. Segundo as duas empresas, o aplicativo não tem um papel financeiro no ecossistema de pagamentos e tampouco é fechado para a concorrência de outras instituições.
A Folha de S.Paulo mostrou que os grandes bancos chegaram a testar a ferramenta, mas desistiram. Eles também foram ao BC se queixar da nova funcionalidade.
O que a Visa passa a poder testar é o funcionamento do WhatsApp Pay com outros bancos que pretendam ser parceiros.
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