A XP Investimentos revisou a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2020 de crescimento de 1,8% para retração de 1,9%.
"Esperamos que o impacto negativo já seja sentido no primeiro trimestre e que atinja seu efeito máximo no segundo trimestre desse ano", disse a instituição em relatório nesta sexta-feira (27).
Com base na experiência internacional recente, a XP espera que as restrições de contato social serão mantidas em abril, com possibilidade de se estenderem para o mês de maio.
Sobre as medidas de estímulo econômico anunciadas até o momento pelo governo, diz que ainda parecem limitadas e correm o risco de não fazerem efeito no curto prazo, o que representa um primeiro risco para a nova projeção.
"No lado político, entendemos que a polarização política volta a crescer em virtude das tensões criadas pelo Planalto com governos locais e impactam significativamente a confiança de empresários e consumidores. Essa é uma segunda fonte de risco em nosso cenário", afirma a XP.
Como terceiro risco, o relatório cita a pressão por uma implementação de restrição parcial desgovernada que não leve em consideração o posicionamento da comunidade técnica-científica.
Em meio ao debate político sobre a questão, a instituição afirmou que as discussões sobre restrições parciais ou totais são importantes, mas devem ser ponderadas, levando em consideração a opinião isenta de líderes das áreas de saúde e todas as limitações que as medidas de restrições parciais enfrentarão na prática.
Também nesta sexta, o JP Morgan divulgou projeção de queda de 3,3% do PIB e também citou riscos políticos.
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