O currículo funciona como uma carta de apresentação profissional. É com ele que a pessoa que procura emprego consegue despertar o interesse do recrutador e participar de uma seleção. Mas muitos trabalhadores acabam não conseguindo uma oportunidade porque não têm acesso a meios eletrônicos ou não sabem como elaborar um bom documento.
Para ajudar quem está desempregado a montar um currículo durante a pandemia, a empresa GDI Júnior da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que reúne alunos dos cursos de Arquivologia e Biblioteconomia, criou o projeto Currículo do Bem.
O objetivo da ação, que vai até 15 de agosto, é atender pessoas mais necessitadas nesse tipo de auxílio. Segundo uma das voluntárias da GDI, Juliana Alves Martins, a ideia surgiu após um dos estudantes entrarem em contato como um possível cliente para empresa júnior.
Estávamos prospectando clientes e um deles disse que estava desempregado. Foi quando começamos a pensar em uma maneira de ajudar essas pessoas que não conseguem participar de uma seleção justamente pela dificuldade de organizar o currículo, que pode abrir portas ou não. O currículo para desempregados é feito gratuitamente, justamente por entendermos como está a situação de desemprego no Estado, comenta a jovem.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, os atendimentos são feitos por telefone, mensagem, e-mail ou pelo Instagram. O profissional precisa ter em mãos a Carteira de Trabalho e certificados, caso tenha algum curso. Os currículos são entregues, em 48 horas, nos formatos Word e PDF, pelo WhatsApp ou em um endereço de e-mail. ?
Além do currículo, enviamos algumas opções de cursos gratuitos que a pessoa pode fazer para melhorar suas qualificações. Estamos em um momento delicado e esta é a maneira que temos para ajudar quem mais precisa, conta Juliana.
De acordo com o Sebrae, empresa júnior é uma associação civil sem fins lucrativos, formada e gerida por alunos de um curso superior de uma determinada instituição de ensino. No caso da GDI Júnior, ela está ligada à Ufes.
A intenção dessas iniciativas é fomentar o aprendizado prático do universitário em sua área de atuação; aproximar o mercado de trabalho das academias e os próprios acadêmicos; gerir com autonomia em relação à direção da faculdade ou centro acadêmico; e elaborar projetos de consultoria na área de formação dos alunos. A atuação dos estudantes é voluntária.
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