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Com "Luca", Pixar completa 35 anos; veja os filmes mais emblemáticos

Com "Luca", Pixar completa 35 anos; veja os filmes mais emblemáticos

Animação, que conta com as brasileiras Bruna Berford e Nancy Kato na produção, pode ser conferido na Disney +

Publicado em 26 de junho de 2021 às 08:00

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Cena do filme
Cena do filme "Luca", em cartaz no Disney +. (Disney)
Gustavo Cheluje
Repórter do Divirta-se / [email protected]

Em cartaz no Disney +, "Luca" foi o filme escolhido pela Pixar - estúdio de animação mais premiado de Hollywood - para celebrar seus 35 anos de história. A empresa, vencedora de 21 Oscar (!), faz do longa dirigido pelo italiano Enrico Casarosa (conhecido por comandar "La Luna", vencedor do Oscar de Melhor Curta Animado, em 2011) uma ode à amizade fraterna e a força da união familiar, capaz de vencer preconceitos (especialmente raciais) e desigualdade de gênero.

Abraçado pela comunidade LGBTQIAP + (que vê no sentimento de companheirismo dos personagens Luca e Alberto um relacionamento além da amizade, o que o estúdio nega), "Luca" é um dos projetos mais simples e tocantes da Pixar.

Acompanhamos um resgate da cultura italiana e da beleza da costa litorânea da Ligúria (onde a trama se desenrola) em um filme "solar", descontraído e que agrada pelos detalhes, como homenagens a ícones do cinema, como Marcello Mastroianni, ou mesmo a clássicos, como "A Princesa e o Plebeu" (1953), de William Wyler e estrelado por Audrey Hepburn e Gregory Peck.

A trama de "Luca" é singela - duas criaturas marinhas saem da água e tomam forma de crianças num vilarejo da Itália - e conta com um "tempero" brasileiro. Na produção, a participação das animadoras Nancy KatoBruna Berford, que atenderam o "Divirta-se" por videoconferência, de Los Angeles.

Nancy já venceu um Oscar na categoria de Melhor Efeitos Visuais, pois trabalhou na produção de "Babe - O Porquinho Atrapalhado" (1995), e levou "algumas" estatuetas de Melhor Animação, por sua atividade em títulos como "Procurando Nemo", "Toy Story 3", "WALL - E" e "UP - Altas Aventuras".

"'Luca' foi um dos projetos que mais gostei de fazer na Pixar, até pela sua simplicidade e por referências cinematográficas. A relação dos personagens com a natureza faz lembrar os clássicos do animador japonês Hayao Miyazaki (autor de filmes como 'A Viagem de Chihiro')", pontua Nancy, que trabalha para o estúdio norte-americano desde 1999, com "Toy Story 2", atuando no que podemos chamar de "superfície de finalização", ou seja, fazendo a harmonização de cores e tons dos desenhos antes de eles ficarem prontos.

 "Fizemos a finalização toda em casa, remotamente, por conta da pandemia. Foi uma emoção a mais", acrescenta Nancy. Bruna Berford, presente no bate-papo, confirmou o sentimento da colega. 

"Realmente, foi um desafio trabalhar de home office, até porque, 'Luca' foi a minha estreia na Pixar", adianta a animadora, que trabalhou na animação "Henry" (2015), o primeiro filme de realidade virtual a ganhar um Emmy, além de compor a equipe de séries premiadas, como "Game of Thrones".

"Trabalhei na criação e confecção dos personagens coadjuvantes. É preciso muita atenção, pois, na paleta de cores, não podemos dar mais destaque para eles do que para os protagonistas, Alberto e Luca", explica, dizendo-se esperançosa para receber, pelo menos, uma indicação ao Oscar 2022.

"É o único filme da Pixar esse ano e foi muito bem recebido por crítica e público. A expectativa é muito grande", torce Bruna, que já trabalha na produção do próximo projeto do estúdio, "Turning Red", que estreia em 2022. 

GLÓRIAS

Por falar em Oscar, como anunciado no início do texto, a Pixar já levou 21 estatuetas para casa desde a sua formação como estúdio independente, em fevereiro de 1986, após financiamento do co-fundador da Apple, Steve Jobs, que se tornou acionista majoritário. Antes, pertencia à divisão de computadores da Lucas Film, conhecida como Graphics Group, desde 1979. 

É praticamente impossível citar os longas-metragens mais emblemáticos dos 22 já produzidos pela empresa. O "Divirta-se", porém, resolveu apostar e, com o coração, selecionou os cinco títulos preferidos da editoria, que podem ser vistos no Disney +.

  • 01

    TOY STORY (1995)

    Indicado a 3 Oscar (na época não existia categoria Melhor Animação), "Toy Story" disputa com o brasileiro "Cassiopeia" o título de primeira animação feita totalmente por computação gráfica. O enredo gira em torno de Andy, um garoto sonhador que possui uma grande coleção de brinquedos. No seu aniversário, ganha um exemplar do Buzz Lightyear (o último lançamento em brinquedos), causando ciúmes em seu clássico caubói, Woody. 

  • 02

    PROCURANDO NEMO (2003)

    Primeira produção do estúdio vencedora da categoria de Melhor Filme de Animação, "Nemo" tem um roteiro primoroso, assinado por Andrew Stanton, Bob Peterson e David Reynolds. Na trama, depois que seu filho é capturado na Grande Barreira de Corais e levado para Sydney, um tímido peixe-palhaço parte em uma jornada para trazê-lo de volta para casa. Destaque para a "peixinha" Dory, que, com seu carisma, acabou protagonizando um longa-metragem posteriormente, "Procurando Dory" (2016).

  • 03

    OS INCRÍVEIS (2004)

    Vencedor dos Oscar de Melhor Animação e Edição de Som, "Os Incríveis" descontrói o mito do super-herói indestrutível, tornando-os mais humanos. Enquanto tenta viver uma vida suburbana tranquila, uma família de heróis disfarçados é forçada a agir para salvar o mundo. Melhor projeto de Brad Bird ("O Gigante de Ferro", de 1999) na Pixar.

  • 04

    MONSTROS S.A. (2001)

    Obra-prima da animação comandada por Pete Docter e David Silverman, em que chama a atenção o enxuto e divertido roteiro de Jill Culton, assinando em parceria com Docter. Na trama, para dar luz à cidade, os monstros têm que assustar as crianças. No entanto, elas são tóxicas para as criaturas. Quando uma menina faz amizade com um monstro poderoso, o local corre muito "perigo". Vencedor do Oscar de Melhor Canção, para "If I Didn't Have You".

  • 05

    UP - ALTAS AVENTURAS (2009)

    Pete Docter volta a atacar, dessa vez assinando a direção ao lado de Bob Peterson. "UP" é considerado um dos filmes mais emotivos da Pixar, especialmente por mostrar a busca de uma criança pela afetividade paterna. Carl Fredricksen, de 78 anos, viaja para Paradise Falls em sua casa (pelo ar, equipado com balões!), tendo a parceria de um espevitado garoto. Seu desejo: visitar o local em que a mulher falecida desejou estar com ele. Lágrimas rolam fácil.

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