Consumido por pensamentos que atordoam a paz de espírito, alimentam o sentimento de solidão e potencializam a dicotomia entre o que é real e as nuances do imaginário. Embora o enredo possa sugerir, o curta-metragem “Ilhado”, do ator e cineasta capixaba Farid Sad, não fala sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus no cotidiano popular, mas apresenta situações que remetem o espectador ao atual cenário.
"Ilhado" conta a história de Fausto. Perdido em meio a frustrações e questões existenciais, ele acorda em uma ilha. Lutando contra os seus pensamentos e a solidão em uma praia deserta, acaba partindo em uma jornada interna em busca de respostas.
"Eu escrevi o roteiro desse filme em um momento muito delicado na minha vida. Estava à beira de uma depressão, mas com muito apoio da minha família e com terapia, consegui passar por essa fase, apesar de ainda ter alguns resquícios até hoje. Porém, neste momento, consegui transcrever toda aquela dor em arte", conta Sad.
Farid é formado em Engenharia Sanitária pelo Ifes Vitória e pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho. O filme foi escrito e protagonizado por ele. Além de engenheiro, Farid tem 12 anos de carreira entre teatro, cinema, novelas e publicidade. A praia do Morcego, em Guarapari, a Baía de Vitória e as ruas do Centro de Vitória foram transformadas em set de filmagem.
"Reuni um grupo de amigos para fazer o que a gente ama. É um momento de reclusão, muita ressignificação, muita gente perdendo muita gente querida. O filme tem um significado muito importante e a gente quer tocar no coração de cada pessoa que o assistir".
O trabalho foi gravado no início de fevereiro deste ano e será lançado na 4ª edição do Festival de Cinema de Pedra Azul, previsto para acontecer entre os dias 24 a 28 de agosto. O evento acontecerá no formato on-line. O acesso será feito por streaming. Os links ainda serão divulgados.
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