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Festival Sesc Melhores Filmes oferece 30 dias de mostras e obras premiadas

Festival Sesc Melhores Filmes oferece 30 dias de mostras e obras premiadas

Uma das mostras mais aguardadas e valorizadas do audiovisual brasileiro, a transmissão será ao vivo, no canal do CineSesc no YouTube

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 08:00

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Cena do filme
O inédito e premiado "Meu Nome é Bagdá" abre o 46º Festival Sesc Melhores Filmes. (Camila Cornelsen)

Lançado em 1974,  o Festival Sesc Melhores Filmes é considerado uma das primeiras mostras de cinema do país. Em tempos de crise no setor audiovisual, e de vários eventos cancelados, por conta da pandemia do novo coronavírus, a mostra resiste, e chega a sua 46ª edição apostando no formato digital, com exibições gratuitas, que acontecem de 19 de agosto a 20 de setembro, na plataforma Cinema Em Casa.

A abertura acontece nesta quarta (19), às 19h30, com a premiação dos filmes mais votados de 2019 pelo público e crítica. Trata-se de uma das cerimônias mais aguardadas e valorizadas do audiovisual brasileiro. A transmissão será ao vivo, no canal do CineSesc no YouTube.

Com apresentação da atriz Karine Teles, a live será gratuita e aberta ao público. Alguns dos vencedores vão participar remotamente. Após a transmissão, o site do Festival publica a lista dos premiados e disponibiliza uma versão digital do catálogo com informações dos filmes mais votados. 

“Ha? anos, o festival reúne trabalhos selecionados por um júri composto por críticos e pelo público, premiando em pé? de igualdade seus favoritos. Excepcionalmente, esse exercício de inteligência e prazer precisa oferecer outras formas de fruição, adaptadas ao momento atual de pandemia. Para 2020, nos planejamos para criar uma mostra com responsabilidade e segurança”, explica Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo.

DIVERSIDADE

Após o anúncio dos vencedores, será exibido, a partir das 21h,  o inédito e aguardado "Meu Nome é Bagdá", de Caru Alves de Souza, vencedor da Mostra Generation (dedicada a obras que retratam a juventude), no Festival de Cinema de Berlim, em 2020.

Na trama, os dilemas de Bagdá (Grace Orsato), uma skatista de 17 anos que vive na periferia de São Paulo. Amiga de todos os garotos da comunidade, ela finalmente se encontra quando conhece um grupo de meninas skatistas. A nova trupe faz com que Bagdá aceite sua situação social e acabe definindo sua sexualidade. 

A trama é livremente inspirada no livro “Bagdá — O Skatista”, de Toni Brandão, lançado em 2009. Com sensibilidade, Caru Alves debate, em seu filme, questões relevantes ao momento conservador por que passa a sociedade brasileira, como identidade de gênero e luta pelos direitos da mulher. 

Entre os destaques nacionais exibidos no Festival Sesc Melhores Filmes, estão os excelentes "Bacurau", de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, "Greta", de Armando Praça, "Torre das Donzelas", de Susanna Lira, e "Divino Amor", de Gabriel Mascaro. 

Por sua vez, a seleção internacional traz longas-metragens imperdíveis, como o polonês "Guerra Fria", de Pawe? Pawlikowski , o dinamarquês "Rainha de Copas", de May el-Toukhy, e o sueco "Border", de Ali Abbasi. Esse último inédito no circuito comercial do Espírito Santo.

"Guerra Fria", inclusive, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2019. Trata-se de mais uma obra de invejável requinte estético comandada por Pawlikowski, vencedor da estatueta na mesma categoria por "Ida" (2013). 

É preciso ficar de olho na programação oficial, pois cada filme conta com um sistema de exibição diferente. Muitos títulos estarão agrupados em sessões especiais, com exibições únicas. Outros, ficarão disponíveis on demand por 24h, uma semana a até um mês. 

46º FESTIVAL SESC MELHORES FILMES 

  • QUANDO: de 19 de agosto a 20 de setembro
  • COMO ASSISTIR: pela plataforma Cinema Em Casa, com sessões gratuitas

PROGRAMAÇÃO

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  • SESSÃO ÚNICA 

  • 19/8, QUARTA - 21h
  • Meu Nome é Bagdá
  • (Dir.: Caru Alves de Souza, Brasil, 2020, 99min, Ficção)
  • Bagdá (Grace Orsato) é uma jovem skatista de 16 anos que passa os dias ao lado dos amigos, fazendo manobras na pista local, fumando maconha e jogando baralho. Aos poucos, ela se aproxima de Vanessa (Nick Batista), estimulada a participar do grupo. Juntas, elas conhecem outras meninas skatistas e estreitam laços de amizade.

  • 23/8, DOMINGO - 20h
  • Bacurau
  • (Dir.: Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles, Brasil, França, 2019, 131 min, Ficção, 16 anos)
  • Num futuro recente, Bacurau, um povoado do sertão de Pernambuco, some misteriosamente do mapa. Quando uma série de assassinatos inexplicáveis começam a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir. Mas como se defender de um inimigo desconhecido e implacável? Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes. Vencedor de Melhor Filme da Competição Internacional Cinemasters no Festival de Munique.


  • DISPONÍVEIS POR 24 HORAS

  • 20/8, QUINTA
  • Greta
  • (Dir.: Armando Praça, Brasil, 2019, 97 min, Ficção, 18 anos)
  • Pedro (Marco Nanini), um enfermeiro homossexual de 70 anos e fervoroso fã de Greta Garbo, precisa liberar uma vaga no hospital onde trabalha para Daniela (Denise Weinberg), sua melhor amiga. Para salvar Daniela, ele decide ajudar Jean, um jovem que acaba de ser hospitalizado e algemado por ter cometido um crime. Pedro o ajuda a fugir e o esconde em sua própria casa até que ele se recupere. Nesse período, eles se envolvem afetiva e sexualmente. Essa relação será essencial para que Pedro sobreviva à perda de Daniela, mas também para que gere mudanças surpreendentes em si mesmo e no modo como ele lida com a solidão.

  • 21/8, SEXTA
  • Elegia de um crime
  • (Dir.: Cristiano Burlan, Brasil, 2019, 92 min, Documentário, 14 anos)
  • Uberlândia, Minas Gerais, 24 de fevereiro de 2011. Isabel Burlan da Silva, mãe do diretor, é assassinada pelo parceiro. Elegia de um crime encerra a "Trilogia do luto", que aborda a trágica história da família. Diante da impunidade, o filme mergulha numa viagem vertiginosa para reconstruir a imagem e a vida de Isabel. Vencedor dos prêmio ABD-SP e EDT de Melhor Documentário no 23º Festival Internacional de Documentários: É Tudo Verdade.

  • 22/8, SÁBADO
  • Divino amor
  • (Dir.: Gabriel Mascaro, Brasil, 2019, 101 min, Ficção, 18 anos)
  • Brasil, 2027. Uma devota religiosa usa seu ofício num cartório para tentar dificultar os divórcios. Enquanto espera por um sinal divino em reconhecimento aos seus esforços, é confrontada com uma crise no seu casamento que termina por deixá-la ainda mais perto de Deus. Premiado como Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival de Cinema Luso Brasileiro Santa Maria da Feira e com o prêmio FEISAL em Guadalajara. O filme estreou mundialmente no Festival de Sundance e logo depois participou da Mostra Panorama no 69º Festival de Berlim.

  • 23/8, DOMINGO
  • Los Silencios
  • (Dir.: Beatriz Seigner, Brasil, Colômbia, França, 2017, 89 min, Ficção, 14 anos)
  • Amparo (Marleyda Soto) e seus filhos Nuria e Fábio chegam a uma pequena ilha no meio da Amazônia, na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, fugindo do conflito armado colombiano, onde o pai (Enrique Diaz) e a filha do casal desapareceram. Certo dia, ele reaparece na nova casa de palafitas. A família é assombrada por esse estranho segredo e descobre que a ilha é povoada por fantasmas.

  • DISPONÍVEIS POR SETE DIAS

  • 20 a 26/8, QUINTA À QUARTA
  • Inferninho
  • (Dir.: Guto Parente, Pedro Diógenes, Brasil, 2018, 82min, Ficção, 12 anos)
  • Deusimar é a dona do Inferninho, bar que é um refúgio de sonhos e fantasias. Ela quer deixar tudo para trás e ir embora para um lugar distante. Jarbas, o marinheiro que acaba de chegar, sonha em ancorar e fincar raízes. O amor que nasce entre os dois vai transformar por completo o cotidiano do bar.

  • Torre das Donzelas
  • (Dir.: Susanna Lira, Brasil, 2018, 97 min, Ficção, 14 anos)
  • Há desejos que nem a prisão e nem a tortura inibem: liberdade e justiça. Há razões que nos mantêm íntegros mesmo em situações extremas de dor e humilhação: a amizade e a solidariedade. Torre das Donzelas conta a história de um grupo de mulheres presas políticas que ocupou uma cela no presídio Tiradentes, como a advogada Rita Sipahi, a Ministra Eleonora Menicucci e a Presidente Dilma Rousseff, entre várias outras.

  • Chuva é cantoria na aldeia dos mortos
  • (Dir.: João Salaviza, Renée Nader Messora, Brasil, Portugal, 2018, 114 min, Ficção, Livre)
  • Ihjãc é um jovem da etnia Krahô, que mora na aldeia Pedra Branca, em Tocantins. Após a morte do pai, ele se recusa a se tornar xamã e foge para a cidade. Longe de seu povo e da própria cultura, Ihjãc enfrenta as dificuldades de ser um indígena no Brasil contemporâneo. Prêmio Especial do Júri na Mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes.

  • No Coração do Mundo
  • (Dir.: Gabriel Martins, Maurílio Martins, Brasil, 2019, 120 min, Ficção, 16 anos)
  • Na periferia de Contagem, Marcos busca uma saída para sua rotina de bicos e pequenos delitos. Surge uma oportunidade arriscada, mas que pode solucionar todos os seus problemas. Para isso, ele precisa convencer sua namorada, Ana, a se juntarem a Selma e executarem o plano que pode mudar suas vidas para sempre.

  • DISPONÍVEIS POR 30 DIAS

  • 20/8 a 20/9
  • Guerra Fria
  • (Dir.: Pawel Pawlikowski, Polônia, Reino Unido, França, 2018, 78 min, Ficção, 14 anos)
  • Durante a Guerra Fria entre a Polônia stalinista e a Paris boêmia dos anos 50, um músico amante da liberdade e uma jovem cantora com histórias e temperamentos completamente diferentes vivem um amor impossível.

  • Rainha de Copas
  • (Dir.: May el-Toukhy, Dinamarca, Suécia, 2019, 128 min, Ficção, 18 anos)
  • Anne é uma advogada do direito das crianças e dos adolescentes. Acostumada a lidar com jovens complicados, ela não tem muitas dificuldades para estreitar laços com seu enteado Gustav, filho do primeiro casamento de seu marido Peter, que acaba de se mudar para sua casa. No entanto, a relação que deveria ser maternal se torna romântica, envolvendo Anna em uma situação complexa, arriscando a estabilidade tanto de sua vida pessoal quanto profissional.

  • Border
  • (Dir.: Ali Abbasi, Suécia, 2018, 108 min, Ficção, 16 anos)
  • Tina (Eva Melander) é uma policial que trabalha no aeroporto fiscalizando bagagens e passageiros. Depois de ser atingida por um raio na infância, ela desenvolveu uma espécie de sexto sentido, fazendo com que seja capaz de “ler as pessoas” apenas pelo o olhar. Isso sempre representou uma vantagem na sua profissão, mas tudo muda quando ela identifica um criminoso em potencial e não consegue achar provas para justificar sua intuição. Após o episódio, ela passa a questionar seu dom, ao mesmo tempo em que fica obcecada em descobrir qual o verdadeiro segredo de Vore (Eero Milonoff), seu único suspeito não legitimado.

  • Cine São Paulo
  • (Dir.: Ricardo Martensen, Felipe Tomazelli, Brasil, 2017, 77 min, Documentário, Livre)
  • Seu Chico cresceu brincando no cinema de seu pai, um majestoso prédio construído em 1910, na cidade de Dois Córregos. Uma vida que sempre girou em torno da telona, sua paixão. Interditado pela justiça por problemas de segurança, o local passa por uma complexa reforma para voltar a funcionar.

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