Os fãs dos grandes atores do cinema francês, como Gérard Depardieu, Isabelle Huppert, Catherine Deneuve e Juliette Binoche, entre outros astros do audiovisual do país europeu, ganharam um motivo a mais para ficar em casa durante o período de quarentena e de isolamento social, necessários para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.
Até agosto, o público poderá conferir uma seleção de 50 filmes que integraram quase todas as edições do "Festival Varilux de Cinema Francês" para assistir no conforto do seu lar. E o que é melhor: totalmente de graça.
Para embarcar nessa "orgia cinéfila", basta acessar o link www.festivalvariluxemcasa.com.br e fazer um cadastro simples. As exibições acontecem na plataforma Looke. Só um lembrete: o "Festival Varilux Em Casa" não substitui a mostra nas salas de cinema. Os organizadores esperam anunciar as datas em breve, para que o evento aconteça ainda em 2020.
"Neste momento, em que a indicação é o isolamento social por conta da pandemia e que muitas pessoas devem enfrentar problemas financeiros, queremos ser solidários e propor uma programação de qualidade para entreter e ajudar a passar os dias de quarentena", conta Christian Boudier, organizador do Festival, que completou dez anos em 2019.
A seleção apresenta diversidade de gêneros: comédias ("Na Cama com Victoria", "Amor à Segunda Vista" e "Finalmente Livres"), dramas ("Graças a Deus", de François Ozon, vencedor do Urso de Prata em Berlim, "A Viagem de Fanny" e "Através do Fogo"), filmes históricos ("A Revolução em Paris", "O Imperador de Paris" e "Cyrano mon Amour") e thrillers ("A Noite Devorou o Mundo", "O Último Suspiro" e "Carnívoras").
Para os pequenos, em casa durante o recesso escolar, há seis longas de animação dublados: "Abril e o Mundo Extraordinário", "A Raposa Má", "O Menino da Floresta", "Asterix e o Domínio de Deuses", "Asterix e a Poção Mágica" e "Um Gato em Paris".
Fazendo uma garimpagem, podemos encontrar longas imperdíveis e que merecem ser vistos (ou mesmo revistos). "Graças a Deus", por exemplo, é mais uma aula de cinema autoral de François Ozon (da obra-prima "Sob a Areia"). Em debate, uma urgente investigação sobre os casos de pedofilia na Igreja Católica.
"Primeiro Ano", fenômeno de bilheteria na França, descortina os problemas de dois jovens que precisam encarar os dilemas da vida universitária, com ótimas atuações das revelações Alexandre Blazy e Benoît Di Marco.
Por falar em performances, vale muito a pena conferir o "dueto" de duas divas do cinema francês: Catherine Deneuve e Catherine Frot, no sensível drama de viés femininista "O Reencontro".
Dê uma espiada também na deliciosa comédia adolescente "O Novato", de Rudi Rosenberg (um dos melhores filmes da mostra) e na animação com pitadas noir "Um Gato em Paris", de Alain Gagnol e Jean-Loup Felicioli.
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