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Testamos o esperado Disney +: veja os prós e os contras

Testamos o esperado Disney +: veja os prós e os contras

O cardápio de atrações deve agradar os fãs dos filmes da Marvel e das animações da Pixar. A estreia no Brasil acontece no segundo semestre de 2020

Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 16:40

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Logo do streaming Disney Plus, que chega ao Brasil no segundo semestre. (Disney/Divulgação)

A diversão só chega ao Brasil no segundo semestre de 2020, mas o "Divirta-se", apressadinho, já testou o streaming mais quente - e mais esperado - do momento, o Disney +. O serviço on demand do estúdio do Mickey estreou em 12 de novembro de 2019 nos Estados Unidos, Canadá, Holanda, Austrália, Nova Zelândia e Porto Rico

Antes de relatar como foi a nossa "saga" para testar um produto que ainda não está disponível no país, ou mesmo aplicar as considerações sobre a gama de atrações disponíveis no aplicativo, vamos a umas informações importantes.

Por aqui, a previsão (oficial e inicial) de estreia do serviço é novembro de 2020. Comenta-se, porém (de acordo com fontes do portal Filme B), que o lançamento foi adiantado para agosto. Os motivos são vários: o primeiro deles, é o sucesso absoluto do produto nos Estados Unidos. Somente no dia da estreia na América do Norte foram 10 milhões de assinaturas. 

Em um mês, o tempo de visualização (e permanência) dos usuários do Disney + foi 5,8% maior que os assinantes da Netflix e 7,8% superior aos que possuem o Amazon Prime Video, seus maiores concorrentes.

Outro motivo do provável adiantamento no Brasil (talvez o mais importante) responde pelo nome de "O Mandaloriano". A série, derivada do multiverso "Star Wars", foi um dos programas de TV mais baixados nos sites de compartilhamentos de arquivos em 2019. Ou seja: a pirataria rolou solta, "prejudicando" os cofres do estúdio, que se recusa a licenciar a obra enquanto o Disney + não alcança outros países. O bom é que o fofíssimo "Baby Yoda", o brinquedo mais desejado do momento, pode chegar mais cedo entre nós! 

Baby Yoda é uma dos destaques da série "O Mandaloriano", em cartaz na Disney + . (Disney/Divulgação)

MUNDO DISNEY: SEGURANÇA

Chega de blablablá e vamos ao que interessa: o "Divirta-se" curtindo o Disney +. Vamos por partes... Primeiro, detalharemos como conseguimos burlar a barreira geográfica para ter acesso ao aplicativo fora dos Estados Unidos.

Inicialmente,  usamos um bom V.P.N para acessar um servidor americano. VPNs gratuitos não possuem uma conexão estável, portanto, as transmissões de streaming travam com muita frequência. Além disso, os serviços 0800 dificilmente conseguem burlar o sistema de proteção geográfica.

Equipe do Divirta-se testou o serviço de Streaming Disney +. (Gustavo Cheluje)

Outro passo é conseguir baixar o aplicativo. É possível usando tanto o Google Play (no sistema Android) como a Apple Store (do iOS).  Para isso, é necessário mudar o endereço de sua loja virtual para os Estados Unidos, sempre utlizando o VPN com um servidor americano. Tendo acesso às lojas ianques, é fácil conseguir o app.

Para ter acesso aos sete dias gratuitos de teste, você precisa fazer uma conta com um cartão de crédito americano.  Não tem um? Fique calmo! Também há a possibilidade de preencher o campo de assinatura com um GiftCard (cartão presente) das lojas do Google e da Apple. Lembrando que esse cartão só pode ser adquirido nos sites americanos. Os brasileiros não são aceitos.

MUNDO DISNEY: CONTEÚDO

Como já divulgado em verso e prosa, a Disney + detem exclusividade de transmissão de todos os filmes do selo Marvel, Star Wars, Pixar, National Geographic e produções originais do estúdio do Mickey. O acervo já conta com 500 filmes e mais de 7,5 mil capítulos de séries. Um dos principais destaques, como já citado, é o seriado "O Mandaloriano", baseado na franquia "Star Wars". A aventura épica "Togo", com Willen Dafoe, é o filme original do streaming mais elogiado pelo público e pela imprensa até agora. 

"High School Musical: O Musical: A Série" está em cartaz no Disney +. (Disney +/Divulgação)

Outro destaque fica para "High School Musical: O Musical: A Série", baseado nos filmes da trilogia "High School Musical".  Ágil, antenada com os conflitos dos adolescentes, e com ótimas cenas musicais, a série surpreende, principalmente por revelar o talento, carisma e a química dos protagonistas, interpretados pelas revelações Olivia Rodrigo, Joshua Bassett e Matt Cornett, esse considerado um futuro Armie Hammer.  

Outra pedida imperdível é curtir as versões remasterizadas em 4k/HDR dos oito primeiros filmes da franquia "Star Wars", além de lançamentos quentes, como "Capitã Marvel", "Toy Story 4" e "Vingadores: Guerra Infinita".  

Cena do filme "A Dama e o Vagabundo", versão em live action do clássico da Disney. (Disney/Divulgação)

A série "Garfinho", baseada em um dos personagens de "Toy Story 4", chama a atenção pela qualidade técnica. A esperada versão em live action de "A Dama e o Vagabundo", lançada diretamente na Disney +, não seduz o quanto deveria.

A plataforma também está investindo em séries do Universo Marvel, como "Falcão e o Soldado Invernal", "WandaVision", "Loki", "Gavião Arqueiro", "Ms. Marvel", "Cavaleiro da Lua", "She-Hulk" e a animação "What If". As novas atrações devem estrear até o final de 2020.

MUNDO DISNEY: CONSIDERAÇÕES

A navegação no aplicativo da Disney + é bem intuitiva. Os títulos estão distribuídos por estúdios, em subdivisões. Portanto, o filme ou a série que você deseja assistir pode ser encontrada com facilidade. A transmissão, geralmente, é em 4k/HDR. Não ocorreram travamentos durante os sete dias de teste.  Os bugs que aconteceram na época do lançamento, em novembro, foram corrigidos.

Obviamente, como ainda não está disponível no Brasil, são poucas opções dubladas ou legendadas em português. Em todo o acervo, somente a série "O Mandaloriano" (a primeira temporada  completa) e o primeiro episódio de "High School Musical: O Musical: A Série" estavam em nosso idioma. Os outros títulos contavam com o seu idioma original (inglês) ou dublados em espanhol. As legendas, são em inglês, espanhol, francês e holandês.

Sucesso nos Estados Unidos, a Disney + chegará ao Brasil no segundo semestre de 2020. (Disney +/Divulgação)

A Disney sempre assumiu que o catálogo seria voltado para toda a família. Portanto, não espere ver títulos como "Deadpool" ou mesmo os filmes relacionados ao mundo X-Men. Do acervo adulto da Fox, estúdio adquirido em 2018, encontramos apenas "Avatar".  Dos clássicos juvenis e infantis da mesma distribuidora, só estavam disponíveis os filmes da franquia "Esqueceram de Mim". Todas as temporadas de "Os Simpsons" também estão disponíveis.

Nos Estados Unidos, a Disney criou um pacote contando com Disney +, Hulu e ESPN, no valor de US$ 12 por mês (algo como R$ 48). A assinatura única do Disney + custa US$ 7 (cerca de R$ 28). Por lá, há conteúdos para agradar o público infantil, juvenil e adulto. 

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O estúdio ainda não definiu se usará a mesma estratégia no Brasil. Até porque, a estreia da Hulu, criadora de séries premiadas como "Handmaid's Tale - O Conto da Aia", "Catch-22" e "Ramy", ainda é muito esperada por aqui. Um palpite: se somente o acervo da Disney + for disponibilizado por aqui, o serviço não terá poder de atrair a atenção dos adultos com a mesma intensidade.

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