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12 sambas inesquecíveis que agitaram a avenida no Carnaval de Vitória

12 sambas inesquecíveis que agitaram a avenida no Carnaval de Vitória

Especialistas e as agremiações listam os enredos que ficaram na memória dos foliões. A maioria toca até hoje nas quadras

Publicado em 29 de janeiro de 2020 às 11:19

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Desfile da Lira do Moscoso no Sambão do Povo, em 1989. (Nestor Müller/Arquivo A Gazeta)

Já em clima de carnaval, o "Divirta-se" procurou especialistas, membros das agremiações da Grande Vitória e até o repórter se empolgou e também deu seus pitacos (pode isso, editor?). Tudo na ânsia de listar os sambas icônicos do carnaval capixaba.  Na brincadeira, valia tudo, desde resgate de memória afetiva até questões técnicas. Desafio feito, vamos aos sambas...

Pesquisadora do carnaval, Iamara Nascimento será uma das comentaristas da transmissão do Grupo Especial capixaba, em 15 de fevereiro, na TV Gazeta. Seus palpites foram preciosos para a lista. 

"Gosto muito de 'Quantos mais caminhos houver, mais descaminhos haverá!', apresentado pela Unidos de Jucutuquara em 2004. Trazia a corrida do ouro, traçando um caminho entre Minas Gerais e Espírito Santo. Acho muito importante esse papel do samba em educar e mostrar a História para o folião. Tudo de uma forma leve, divertida e didática", enfatiza.

Unidos de Jucutuquara 2004 - "Quantos mais caminhos houver, mais descaminhos haverá!"

Outro samba inesquecível para Iamara é "Do Guarani as Bachianas", quarto colocado no Carnaval de 1988 pela Unidos da Piedade. "Foi um momento histórico. A escola conseguiu agregar o popular e o erudito em um único desfile. A trajetória de Carlos Gomes e de Villa Lobos nem sempre soa familiar ao sambista. Foi um enredo sobre os valores e estilos da música, que causa encantamento em quem ouve", acredita.

Unidos da Piedade 1988 - "Do Guarani as Bachianas"

AFETO

Data: 18/02/2006 - ES - Vitória - Destaque do carro abre alas da escola Mocidade Unida da Glória. Editoria: Cidades - Foto: Chico Guedes - GZ. (Chico Guedes - Arquivo AG)

Edson Guidoni, editor do portal Viva Samba (especialista quando o assunto é folia capixaba) apostou no resgate de memória afetiva para apontar seus preferidos, entre eles "Quente como o inferno, puro como um anjo, doce como o amor... Quem vai provar? Quem vai querer? Eu sou o café e meu banquete é pra você", apresentado pela Mocidade Unida da Glória em 2006.  Considerado um dos desfiles mais luxuosos da agremiação de Vila Velha, a MUG acabou ficando com o vice-campeonato, perdendo para a Unidos de Jucutuquara, em um resultado contestado até hoje pelos integrantes da escola.

"Além de ser um samba especial para todo "muguiano", este enredo me lembra o início do meu contato com o carnaval de escolas de samba. Nessa época, ainda criança, acompanhava pela TV todos os desfiles deitado no colo de Dona Heda, minha avó, grande responsável por esse amor que tenho por escolas de samba até hoje", suspira.

Mocidade Unida da Glória 2006 - "Quente como o inferno, puro como um anjo, doce como o amor... Quem vai provar? Quem vai querer? Eu sou o café e meu banquete é pra você"

Outro destaque para Guidoni é o enredo da Unidos da Piedade em 2013, "Anauê, Anauê, guanambi amanajé nas terras abençoadas do Espírito Santo". "Aqui, novamente aponto para afetividade. Esse samba é importante para mim, pois marca a primeira vez que acompanhei os desfiles no Sambão do Povo. A Piedade abriu a noite com um enredo indígena, que tem a história contada por um beija-flor. Lembro que foi um samba que empolgou arquibancada, com todos cantando juntos", vibra. 

Unidos da Piedade 2013: "Anauê, Anauê, guanambi amanajé nas terras abençoadas do Espírito Santo"

EMOÇÃO

Desfile da Novo Império no carnaval da Jerônimo Monteiro, em 1999. (Sérgio Cardoso/Arquivo A Gazeta)

Pedindo passagem, como um abre-alas, o repórter também listou os dois sambas que mais marcaram a sua trajetória de paixão pelo carnaval capixaba. O primeiro deles, uma declaração de amor à boemia do Centro de Vitória, 頓Moscoso, Passado e Glórias”, apresentado pela saudosa Lira do Moscoso no carnaval de 1989. Uma das mais tradicionais agremiações do Estado, a escola encerrou suas atividades na década de 1990, desfilando pela última vez em 1991. 

Lira do Moscoso 1989 - “Moscoso, Passado e Glórias”

Outro enredo marcante é "Caratoíra, Terra de Bamba, Aqui Mora o Samba!",  defendido pela Novo Império em 1999 (na época, o carnaval estava em reestruturação e não era competitivo).  Em pauta, a paixão da Grande Santo Antônio pelo samba, seus imigrantes e o cotidiano de Caratoíra. 

Novo Império 1999 - "Caratoíra, Terra de Bamba, Aqui Mora o Samba!"

"DONOS" DA FESTA

Data: 23/02/2014 - ES - Vitória - Mestre-sala e porta-bandeira da Escola de Samba Boa Vista - Editoria: Cidades - Foto: Nestor Muller - GZ. (Nestor Muller)

Para ampliar o leque, ouvimos quem realmente importa: as escolas. Integrantes das sete agremiações do Grupo Especial de Vitória escolheram um samba, tipo aquele que "movimenta" os ensaios e barracões e sempre toca mais fundo na alma dos componentes.

Lembrando que não encontramos o áudio do enredo apontado pela Imperatriz do Forte, "Lendas do Apiacá", de 1974. Além disso, o escolhido pela MUG, "Quente como o inferno, puro como um anjo, doce como o amor... Quem vai provar? Quem vai querer? Eu sou o café e meu banquete é pra você" foi apresentado anteriormente na matéria.

Independentes de São Torquato - "São Torquato em Quimeras - Uma Utopia Capixaba", de 1988

Independente de São Torquato - "São Torquato em Quimeras - Uma Utopia Capixaba, de 1988

Unidos da Piedade - "Piedade 60 anos. Uma odisseia carnavalesca de conquistas", de 2015

Unidos da Piedade - 2015: "Piedade 60 anos. Uma odisseia carnavalesca de conquistas"

Novo Império - "Magia da Noite", de 1988

Novo Império - 1988: "Magia da Noite"

Unidos de Jucutuquara - "Convento da Penha: o Relicário de Um Povo", de 2009

Unidos de Jucutuquara 2009: "Convento da Penha: o Relicário de Um Povo"

Independente de Boa Vista - "Teu cheiro me dá prazer... Boa Vista espalha o perfume no ar", de 2014

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