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15° Festival Sérgio Sampaio terá shows de Zeca Baleiro e Dan Abranches

15º Festival Sérgio Sampaio terá shows de Zeca Baleiro e Dan Abranches

Com transmissão na TV e internet, evento acontece nesta quinta-feira (16)  e contará ainda com participação da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo

Publicado em 15 de setembro de 2021 às 08:04

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Duo Zebedeu com Caju, André Prando, Dan Abranches em ação no
Duo Zebedeu com Caju, André Prando, Dan Abranches. Crédito: Marcela Bicalho. (Marcela Bicalho)
Gustavo Cheluje
Repórter do Divirta-se / [email protected]

Considerado "poeta maldito" por muitos estudiosos da música (adjetivo que ele não concordava), mas também chamado carinhosamente de "Velho Bandido" por parte dos fãs, Sérgio Sampaio, com sua voz e talento inquestionáveis, voltará a ser lembrado nesta quinta-feira (16), quando acontece a transmissão da 15ª edição do festival criado em sua homenagem.

A exibição começa às 19h, nos canais do YouTube do Festival Sérgio Sampaio e do Clube Capixaba do Vinil, na página do Centro Cultural Sesc Glória no Facebook e na TVE/ES. O evento será gratuito, mas, quem desejar, poderá fazer doações para o programa "Mesa Brasil Sesc" (rede nacional de bancos de alimentos contra a fome e o desperdício). A contribuição poderá ser feita através de um código a ser exibido na tela.

Sem a possibilidade de receber público, por conta da pandemia da Covid-19, o Festival Sérgio Sampaio foi gravado em 27 de agosto no palco do Centro Cultural Sesc Glória (Vitória) e contou com a participação de Duo Zebedeu (Fábio do Carmo e Júlio Santos), André Prando (conhecido por interpretar canções de Sampaio), Caju, Dan Abranches e Julia Nali. A obra do cachoeirense vai ser visitada em diversos momentos de seu processo criativo desenhando um retrato histórico do “poeta do riso e da dor”.

Fã confesso da obra de Sérgio Sampaio, Zeca Baleiro (que, em 2005, lançou o CD "Cruel", com composições inéditas do artista capixaba, morto em 1994), faz uma participação "emocional", enviando um vídeo-tributo. 

"O Zeca (Baleiro) apresentou 'Até Outro Dia', gravada de seu estúdio, em formato de voz e violão. Também deu um depoimento sobre a importância do Sérgio (Sampaio) em sua carreira. O show, aliás, foi todo pensado em formato acústico", adianta Fernanda Nali, produtora e diretora geral do espetáculo.

Dan Abranches dividindo o palco com Fábio do Carmo e Júlio Santos
Dan Abranches dividindo o palco com Fábio do Carmo e Júlio Santos. (Marcela Bicalho)

"Projetamos o festival como um espetáculo televisivo. O cenário, por exemplo, vai trazer imagens inéditas da carreira de Sérgio Sampaio cedidas pelo cineasta Hugo Moura, que está produzindo um documentário sobre o cantor. Também prestaremos uma homenagem a Hélio Sampaio, irmão do Sérgio, que morreu em 2020. É um evento que evoca a pluralidade da nossa música, especialmente se olharmos os artistas jovens presentes no palco. Os arranjos, por exemplo, são de Fábio do Carmo e Júlio Santos, que levam o repertório de Sampaio para todo o país", detalha Fernanda.

Outro destaque será a participação da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, com regência de Helder Trefzger. "Haverá um arranjo inédito, que o maestro fez especialmente para o espetáculo. Por conta da pandemia, teremos um formato reduzido da orquestra, mas terá um belíssimo solo de trombone para uma das canções. Também vamos apresentar composições inéditas do Sérgio, que nunca foram gravadas", adianta Nali, se recusando a dar mais detalhes do repertório para não estragar as surpresas da noite. 

ETAPAS

Tradicionalmente em abril - mês de aniversário de Sérgio Sampaio -, o evento em 2021 (por conta da crise sanitária) foi dividido em duas etapas. No quarto mês do ano aconteceu um bate-papo virtual, com participação de André Prando, Hugo Moura, João Sampaio e mediação de Gilson Soares. Agora, chegou a vez das apresentações musicais.

O músico Sergio Sampaio, morto em 1994
O músico Sergio Sampaio, morto em 1994. (Reprodução/YouTube)

Curiosamente, 16 de setembro também é uma data marcante na carreira do artista cachoeirense. Foi neste dia, em 1972, que Sampaio lançava para todo o Brasil a emblemática “Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua”, belíssimo libelo contra a repressão da Ditadura Militar, no VII Festival Internacional da Canção, exibido ao vivo para todo o país direto do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

Mesmo louvado por crítica e público, Sérgio perdeu o festival para um "tal" Jorge Ben, com "Fio Maravilha" (apresentada por Maria Alcina), que, na época, estava apenas se lançando no mercado fonográfico. O resto é história.

15º FESTIVAL SÉRGIO SAMPAIO

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