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'A Maldição da Residência Hill' é aula de terror em série

"A Maldição da Residência Hill" é aula de terror em série

Disponível na Netflix, série de terror pega muito emprestado da obra de Stephen King

Publicado em 16 de outubro de 2018 às 22:42

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A Maldição da Residência Hill. (Netflix/Divulgação)

Os brasileiros adoram os filmes de terror que ano após ano inundam os cinemas nacionais, mesmo que a maioria deles nem passe perto de ser bom – para cada “Hereditário” ou “Um Lugar Silencioso” existem cinco “A Freira” ou “Verdade ou Desafio”.

“A Maldição da Residência Hill”, disponível desde a última sexta-feira (12) na Netflix, é uma série pronta para cair no gosto desse mesmo público que vai aos cinemas sedento por sustos, mas ela vai além. Em 10 episódios de cerca de 50 minutos cada, a trama conta a história da família Crain em dois momentos distintos: enquanto moravam na residência do título e nos dias atuais, com cada um seguindo sua vida.

INFLUÊNCIAS

 A série tem uma forte inspiração na obra de Stephen King, o que é curioso quando se percebe que ela se baseia no livro homônimo de Shirley Jackson publicado em 1959, quando King tinha apenas 12 anos.

Nas mãos do diretor Mike Flanagan, o texto ganha profundidade e carisma. Enquanto o original traz estudiosos tentando provar a existência do sobrenatural, a série acompanha uma família que se muda para a casa temporariamente para reformá-la e vendê-la.

A Maldição da Residência Hill. (Steve Dietl/Netflix)

A inspiração de King vem principalmente pela maneira como o diretor retrata as crianças e o efeito que a casa teve na vida de cada uma delas – um recurso narrativo utilizado pelo autor americano em obras como “It: A Coisa”. Vale ressaltar que Flanagan dirigiu “Jogo Perigoso”, adaptação do livro de King, para a Netflix ano passado.

Cada episódio da série acompanha um dos Crain: as crianças Shirley, Luke, Theo, Eleanor e Steven, e os pais, Hugh e Olivia. É interessante para o espectador ir montando o quebra-cabeças aos poucos e também funciona muito bem para a criação de tensão e expectativa. O que, afinal de contas, aconteceu com cada um deles para que eles chegassem àquela situação?

Flanagan opta, desde o princípio, por não trabalhar com sugestão. É como se o diretor pegasse o espectador pelo braço e dissesse: “olha, o sobrenatural existe. O que quero mostrar são os efeitos dele”. Mas isso, curiosamente, não estraga surpresa alguma.

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Com bastante suspense, tensão constante e alguns sustos, “A Maldição da Residência Hill” é uma pérola do terror moderno que se beneficia da narrativa seriada. Imperdível até para quem não é fã do gênero.

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