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Artista do ES faz exposição de fotos para reunir 10 anos de trabalho

Artista do ES faz exposição de fotos para reunir 10 anos de trabalho

Descolonizar o Imaginário, de Fernando Nicolau, apresenta novos olhares sobre a relação de colônia e colonizador para refletir a construção da sociedade atual

Publicado em 1 de março de 2021 às 16:03- Atualizado há 4 anos

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Imagem "Massa Capivara na Luz Trava" e o artista Fernando Nicolau (destaque). (João Julio Mello/Divulgação/Montagem A GAZETA)
Autor - Pedro Permuy
Pedro Permuy
Repórter do Divirta-se / [email protected]

Tem capixaba estreando no mundo das mostras. A partir desta quinta-feira (4), o capixaba Fernando Nicolau reúne suas obras na mostra "Descolonizar o Imaginário", exposta na A Oca, no Centro de Vitória. Segundo o artista, a inspiração para o nome veio de um livro homônimo.

As oito fotos que serão expostas foram tiradas ao longo de seus 10 últimos anos de carreira. As imagens foram renovadas desde o fim do ano passado, quando ele foi convidado para montar sua primeira exposição. Apesar de ser capixaba, o artista já mora no Rio de Janeiro desde que se formou e nunca expôs antes.

Com as obras, o diretor de arte quer convidar os visitantes a refletirem sobre a sociedade atual. A proposta é analisar a construção dos povos desde os tempos coloniais.

“São oito fotografias impressas em tela de algodão e foram todas ampliadas. Eu também intervi nelas mexendo na textura, por exemplo. Desde o fim do ano passado, quando surgiu o convite para fazer a exposição no Centro de Vitória, eu cocriei as coisas a partir do corpo pronto, que é quando eu intervenho na tela”, defende.

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A arte está em transformação a vida toda. Foi isso o que fiz com as telas que vou expor

Fernando Nicolau
Artista
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Em entrevista à Gazeta, ele conclui: “Consegui construir uma cronologia mesmo as fotos sendo de tempos distantes, porque elas atravessam essa questão de a gente descolonizar o nosso imaginário. Porque é pelo imaginário que a gente transborda as fronteiras das normas sociais, que a gente identifica símbolos... E a gente pode chegar a lugares um pouco mais salubres (pelo imaginário), diante de tanta insalubridade social e política que a gente vive hoje”.

O ARTISTA

Nicolau tem grande bagagem nos palcos pelo Brasil. Formado pela Escola de Teatro e Dança FAFI (2005), desenhou a luz para a cerimônia do Prêmio APTR de Teatro (2018 a 2020) e, de março a dezembro de 2019, participou como diretor e iluminador da 22ª edição do Palco Giratório (SESC), com o espetáculo "Se eu fosse Iracema".

“Minha inquietação em arte produz estes atravessamentos de linguagens. Não imaginava e nem projetava criar e realizar uma exposição agora”, revela ele, que também é integrante do 1COMUM Coletivo.

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