Um protesto na frente da Cinemateca Brasileira reuniu, na manhã desta quinta (4), artistas e pessoas que frequentam o espaço paulistano, um dos maiores acervos do cinema brasileiro, hoje ameaçado por falta de repasses do governo federal. A manifestação foi organizada pela Associação Paulista de Cineastas.
Durante a ação, foi lido um manifesto que reunia assinaturas de dezenas de entidades nacionais e internacionais, incluindo as cinematecas Francesa e de Bolonha. Os participantes usaram máscaras, por causa da pandemia da Covid-19.
O Ministério Público Federal deu um prazo de 60 dias para a Secretaria Especial da Cultura dar informações sobre a falta de repasses orçamentários à Cinemateca Brasileira. Depois desse período, o MPF pode entrar com uma ação civil pública contra a secretaria.
Funcionários da instituição relatam que trabalham sem receber desde abril. Além disso, contratos com terceirizados, como manutenção e segurança, estão prestes a acabar, e a conta de luz está dois meses atrasada.
O limbo em que se encontra a instituição é resultado da suspensão do contrato entre o Ministério da Educação e a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, a Acerp, responsável pela gestão da instituição, em dezembro do ano passado.
Procurada, a Secretaria Especial de Cultura não se manifestou sobre o protesto até a tarde desta quinta.
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