Samba, pagode, reggae, rap, eletrônico, tudo isso misturado. Uma receita improvável de funcionar e ainda mais de fazer sucesso, mas que deu muito certo para Pedrinho, Éric, Karan, GP, Leandro e Regê. É com essa receita, já que já foi chamada até de pagode universitário, que os sul-matogrossenses do Atitude 67 chegam ao Nook Beach Club hoje para um show da turnê Saideira.
Formada há cerca de 15 anos, a banda é composta por amigos de infância cujos pais eram amigos. O trabalho nunca foi muito levado a sério pois, quando cresceram, cada um foi estudar em um local diferente. Cada um de nós tem uma profissão, morávamos em cidades diferentes e nos víamos duas vezes por ano só, conta Pedrinho Pimenta, um dos vocalistas, em entrevista por telefone para o C2.
Em maio de 2016, porém, eles resolveram mudar num desses encontros eles resolveram largar tudo e ir morar em São Paulo para viver de música. Nós já tínhamos cerca de 100 músicas, então decidimos largar tudo e ir pra São Paulo. Colocamos um prazo até novembro de 2016. Quem estivesse lá, continuava na banda e quem não estivesse, saía. Em 1º de novembro chegou o último de nós a São Paulo. Então começamos a ir a barzinhos e baladas para pedir pra tocar, lembra Pedrinho.
O início, claro, foi cheio de perrengues. As coisas mudaram quando a turma conheceu Dudu Borges, que viria a ser produtor da banda, em janeiro de 2017. A química entre eles deu tão certo que no final de maio do mesmo ano eles lançaram o DVD Saideira.
QUE SOM É ESSE?
Mas afinal de contas, qual é o estilo musical da banda? Algumas músicas têm elementos de rap, como Vou te Escrever um Rap, de música eletrônica, como em A Cidade Mais Incrível de Morar (uma declaração de amor a São Paulo). O samba rock está presente em Parede e o reggae permeia o disco inteiro. Essa confusão sonora atingiu até a gravadora, que se reuniu com a banda para tentar definir a sonoridade.
Somos do samba, do pagode. Começamos com samba mesmo, nas como cada um de nós tem uma influência musical muito diferente e somos muito abertos no processo criativo entre todos da banda, acabou que virou uma mistureira, conta Pedrinho.
Já sobre o termo pagode universitário, atribuído à banda por rádios, Pedrinho diz gostar muito dele. Na minha cabeça o termo é uma referência ao sertanejo universitário. Eu acho muito legal porque nós somos de Campo Grande, de onde surgiu o ritmo. O mais legal é que esse termo vem de uma ideia de renovação de um gênero e a gente faz isso mesmo, completa Pedro.
O show de hoje será o primeiro da banda no Espírito Santo os integrantes, segundo Pedrinho, nunca tinham vindo nem visitar. (o show tem) uma concepção mais intimista, mais próxima das pessoas. Podemos conversar sobre música, a galera pede pra gente tocar algumas músicas. Estamos muito ansiosos para ver a recepção do público capixaba., conclui Pedrinho.
Atitude 67
Quando: sábado (5), a partir das 22h.
Onde: Nook Beach Club. Rua Inhoá, s/n, Prainha, Vila Velha.
Ingressos: de R$ 90 (espaço Nook/ meia/ 3º lote) a R$ 240 (Sky Lounge 2/ inteira/ 1º lote).
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