Atitude 67 é um retrato de como têm sido os dias do brasileiro na última semana. Dividindo a mesma casa, os integrantes do grupo estão convivendo 24h por dia juntos em meio à quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus. Nesse meio tempo, aproveitam as horas a mais para fazer novas composições (praticamente todos compõem, também) e pensar em novas formas de se reinventar no mundo da arte.
Seguindo a linha de outros colegas de banda, os músicos pensam em promover uma live pelas plataformas digitais, mas estão tomando o mesmo cuidado que levou Anitta a desistir da transmissão ao vivo. Eles não querem envolver muita equipe para a operação e estudam a melhor forma de levar música para os fãs sem prejudicar ninguém.
Têm vários pedidos do nosso público para que a gente faça uma live, que é a única forma de continuar levando a música até eles. Para nós é uma alegria muito grande, mas tudo tem que ser feito com responsabilidade. Temos soltado vários conteúdos e vamos continuar fazendo isso, diz Pedrinho Pimenta, em entrevista exclusiva ao Divirta-se.
O grupo também acaba de lançar Luau em pleno isolamento social. Trata-se de EP com três regravações e uma faixa inédita que, na verdade, é a terceira parte de um projeto maior gravado no fim do ano passado. As duas primeiras partes se chamam "Label" e "Sunset". No Spotify, por exemplo, uma as canções de "Luau" tem até mais de 90 mil plays com poucos dias após ser disponibilizada.
A mensagem da produção, que agora se apresenta como uma proposta para ouvir em casa, é a de promover paz e amor no mundo. O mesmo eles querem fazer com a live que estão programando ainda sem data definida. É uma experiência nova porque não podemos fazer show, mas podemos continuar levando nossa mensagem, que é amor, paz e alegria, fala o músico.
Pensando positivo que o grupo vê que a recuperação do mercado musical será rápida após a pandemia. "A gente sabe que vai demorar para as pessoas quererem estar em um show, mesmo pós-pandemia, mas acho que temos que pensar positivo. E logo, logo estaremos todos juntos".
Durante o bate-papo, Pedrinho também entregou as inspirações para a musicalidade atual do Atitude 67, além de novidades da carreira e detalhes da vida na quarentena. Confira a entrevista abaixo.
Na verdade faz parte de um projeto que a gente gravou, um DVD de outubro do ano passado, e a gente dividiu em partes, em EPs. E esse é mais um EP. A gente lançou o primeiro, que foi o Label, o segundo que foi Sunset, e agora é o Luau. O processo de produção a gente acompanha e faz junto do Dudu Borges, das músicas, como nós seis moramos juntos, compomos junto e a gente escolhe músicas para cada momento desse e fazemos toda a parte de criação juntos. Foi bem satisfatório, estamos felizes, esperamos que todos curtam muito.
Cada um gosta de um estilo musical e todos compõem. Isso agrega muito, porém cada hora sai uma música de um estilo (risos). Com Luau, adaptamos algumas coisas que nós tínhamos para esse momento mais calmo, mais relax. Com isso, estamos dividindo o trabalho para encaixar todas nossas composições.
Eu acho que esse é um trabalho bem mais relax, aquele som ambiente calmo e que a gente faz de uma forma mais orgânica, sem muito elemento. Nosso som tem pitada de rap, reggae e até do eletrônico. A gente encaixa isso na nossa própria sonoridade. Nosso produtor consegue agregar bastante e o Luau vem sem muitos desses elementos extras, é um som mais puro.
Acho que nossa mensagem sempre é amor, alegria, que a gente sempre tenta colocar nas letras. E que isso ajude a acalmar os corações das pessoas neste momento de pandemia. Sabemos que é um momento difícil, mas que tudo vai passar. Só precisamos ter um pouco de calma.
É sempre difícil, estamos vivendo uma pandemia mundial. A gente vem tentando levar um pouco de amor e alegria para as pessoas. É uma experiência nova, porque não podemos fazer show, mas podemos continuar levando nossa mensagem, que é amor, paz e alegria.
Acho que sim, o showbiz é um dos mais afetados. Vivemos de show, de levar a música para as pessoas e para isso temos que ter a aglomeração, as pessoas tem que ir ao show, e não dá para fazer isso no momento. Nossa fonte de renda principal é essa. Mas acreditamos que isso tudo vai passar, que a gente tem que viver esse momento e tavez se reinventar. A gente não sabe como fazer isso, estamos buscando algumas coisas, algumas ideias, mas a gente acha que logo, logo vai passar e a gente vai poder voltar a levar alegria para o povo nos shows.
A gente tem aproveitado o momento para produzir bastante, compor, e estamos pensando em vários projetos futuros. Pensamos em uma live, pensamos em Saideira, que é uma label nossa, mas sem data. É um show bem comprido, de até 3h, mas estamos pensando em toda a logística e logo passaremos os detalhes para o pessoal.
O que tínhamos programado, grande parte está tendo sequência, que é lançar o que já estava gravado, como estamos fazendo agora com Luau. Logo que passar tudo isso, vamos continuar os trabalhos, a gente tem bastante coisa para fazer, mas não podemos falar nada ainda. Mas têm várias novidades vindo aí.
Têm vários pedidos do nosso público para que a gente faça uma live, que é a única forma de continuar levando a música até eles. Para nós, é uma alegria muito grande, mas tudo tem que ser feito com responsabilidade. Temos soltado vários conteúdos e vamos continuar fazendo isso.
É uma pergunta difícil. A gente sempre pensa positivo, acho que isso vai passar rápido, e a gente está tentando fazer o nosso. Remarcar, colocar isso na agenda para cumprir tudo que foi desmarcado... A gente sabe que vai demorar para as pessoas quererem estar em um show, mesmo pós-pandemia, mas acho que temos que pensar positivo. E logo, logo estaremos todos juntos.
Estamos sentindo muita saudade, logo vamos estar juntos, pedimos para que todos fiquem em casa e respeitem esse momento para superarmos o mais rápido possível. Muito amor e paz no coração, que logo estaremos juntos no show.
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