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Banda do ES grava música com Durval Lelys para conscientizar sobre autismo

Banda do ES grava música com Durval Lelys para conscientizar sobre autismo

Clipe de “Nina” contou com participação do filho do vocalista da Rajar, que é autista, e de Durval Lelys, pai de criança com a mesma condição; assista

Publicado em 16 de março de 2021 às 16:17- Atualizado há 4 anos

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Banda capixaba, Rajar grava música com Durval Lelys para conscientizar sobre autismo
Banda capixaba, Rajar grava música com Durval Lelys para conscientizar sobre autismo. (Reprodução/YouTube Rajar)
Autor - Pedro Permuy
Pedro Permuy
Repórter do Divirta-se / [email protected]

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado em 2 de abril. Mas a banda Rajar já firmou parceria musical com Durval Lelys para lançar música que aborda o tema no início do mês. “Nina”, que já estava na gaveta dos artistas capixabas há cerca de 10 anos, oficialmente foi lançada para ajudar na divulgação da doença e na desmistificação da condição que acomete uma a cada 160 crianças, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O tema, apesar de pouco abordado na arte, é superimportante e necessário, como o próprio vocalista da Rajar, Ronaldo Cohin, fala. “A conscientização da inserção desses indivíduos que têm autismo na sociedade é muito importante.  É necessário trazer essas pessoas para perto, ao contrário do que a gente via em anos anteriores, quando a gente as afastava ou não falava sobre. Isso vem mudando, mas é algo ainda a evoluir”, conta ele, que tem um filho com autismo.

Banda capixaba, Rajar grava música com Durval Lelys para conscientizar sobre autismo
Banda capixaba, Rajar grava música com Durval Lelys para conscientizar sobre autismo. (Reprodução/YouTube Rajar)

A música, apesar de não falar diretamente sobre a doença, discute relações interpessoais (uma das dificuldades que a população autista tem) e teve um clipe produzido todo pensado na condição. Até a paleta de cores remete aos tons que representam a bandeira do autismo. E o próprio Durval também é pai de criança com o mesmo diagnóstico.

A banda também explorou até novos sons na composição para poder inovar e mostrar que se mesclam a outros ritmos, respeitando o gênero tradicional. “Nós agregamos outros instrumentos, como o ukulele, que a gente nunca tinha usado em música nenhuma nossa. E o próprio convite para o Durval foi para mesclarmos o jeito de cantar dele, que é um clássico do ritmo baiano. E a gente, quando terminou ‘Nina’, sentiu um pouco desse balanço e decidimos convidá-lo”, explica.

Aspas de citação

O Durval foi maravilhoso com a gente. Parecia que a música tinha nascido ali, com a gente. A sintonia foi espetacular e o resultado está muito bom, estamos supersatisfeitos

Ronaldo Cohin
Vocalista 
Aspas de citação

“Nina’ entrou como single, mas na verdade faz parte de um CD que nós estamos produzindo. A gente tem planos para lançar esse álbum, que será o quarto da nossa carreira, em até dois meses. E o single é, sim, para abordar o autismo”, fala o vocalista, que é um dos fundadores da banda, que nasceu em 2007. “Por que ‘Nina’?”, questiona a reportagem. “Rapaz... É complicado (risos). É um apelido, vou dizer assim. Nina é um apelido”, fala, indicando que se trata de uma inspiração em uma história antiga.

SUCESSO NA GLOBO! 

Antigo também é sucesso que a banda faz. Além de o clipe desta música ter conquistado mais de 10 mil views em menos de 10 dias depois de seu lançamento no YouTube, o grupo já foi até para o Jô Soares, na Globo, para falar das próprias composições. “Nós fomos a única banda do Espírito Santo que foi ao Jô enquanto o programa ainda existia. Na ocasião, a gente já tinha emplacado uma música em Malhação”, lembra.

“Vaidade”, hit que fez parte da trilha sonora de “Malhação”, em 2007, é de autoria da Rajar, que na ocasião estourou logo na largada. “A gente tinha acabado de se formar como banda e foi maravilhoso, foi tudo rápido e muito bom. Isso tudo nos motivou muito a continuarmos, mesmo que hoje cada um de nós quatro tenha um trabalho paralelo à música. Porque viver da música, e da música autoral, sobretudo no Espírito Santo, é bastante complicado”, lamenta.

O “primeiro” trabalho de Ronaldo, inclusive, é com uma startup que lida com problemáticas de autistas e tenta resolvê-las da melhor forma possível. A empresa foi fundada depois de ele ter tido seu filho com a condição. “Eu aprendi muito com o Lucas (filho). Ele foi inspiração para a Jade (nome da startup) e aprendo muito com os dois hoje em dia. Sou privilegiado de ter essas oportunidades e hoje enxergo isso”, finaliza.

A banda Rajar: Ronaldo Cohin (voz), Bernardo John (voz, guitarra e violão), César Schroeder (guitarra) e Laio Masruha (bateria)
A banda Rajar: Ronaldo Cohin (voz), Bernardo John (voz, guitarra e violão), César Schroeder (guitarra) e Laio Masruha (bateria). (Rodrigo Pysi)

Rajar é atualmente formada por Ronaldo Cohin (voz), Bernardo John (voz, guitarra e violão), César Schroeder (guitarra) e Laio Masruha (bateria).

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