Desde meados do interminável 2019, a internet já discutia os bastidores do "BBB 20". A edição histórica prometia causar rebuliço, e os experts em TV especulavam quase uma reinvenção de "A Fazenda" na tela da Globo. Quando foi anunciado o modelo que seria aplicado na casa mais vigiada do Brasil, os influencers que foram selecionados para compor metade do time dos confinados, estava dado o primeiro ingrediente do sucesso: os olhares dos fãs das redes sociais migraram para a emissora global.
No começo, alguns telespectadores criticaram a decisão de Boninho, chefão por trás da atração, de colocar famosos no "Camarote" e dividi-los entre os vips e a "pipoca". Outros fãs da atração, no entanto, afirmam que esse pode ter sido a grande bola dentro da produção para reviver a fama que o reality sempre teve.
Em meio às alterações de formato, o "BBB 20" também tem esbanjado polêmicas. Para citar as mais recentes, dois participantes, Petrix e Pyong, foram acusados de assédio. O ginasta Petrix Barbosa, já eliminado do programa, chegou a prestar depoimento na Delegacia de Amparo à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Segundo a delegada Catarina Noble, ele "não reconheceu que teve malícia em seus gestos. A investigação continua, e as vítimas, Bianca e Flayslane, também prestarão depoimento assim que deixarem a casa.
A mesma delegada também instaurou inquérito para investigar o possível assédio sexual cometido pelo hipnólogo Pyong Lee com as participantes Flayslane e Marcela McGowan.
Entre erros e acertos, o fato é que os números comprovam o sucesso da edição: não se passa um dia sem que algum termo relacionado ao "BBB 20" fique entre os mais buscados do Google ou então entre os mais falados do Twitter. Isso sem falar das hashtags, que chegam até a se perder de tanto que são usadas pelos comentaristas profissionais e amadores nas redes.
Conversamos com analistas e fãs para entender os motivos por trás de tanto sucesso. O youtuber e especialista em programas de TV Eduardo Conceição avalia que a curadoria dos participantes do "Camarote" não foi das melhores havia nomes melhores para o time de influencers. No entanto, acredita que os debates que essas personalidades levantam estão levando sucesso à Globo.
"Neste ano o 'BBB' vem falando muito de machismo, o que chama a atenção do público... E você vê que o imediatismo das redes faz alavancar a audiência. Hoje eu assisto ao programa na TV, vou para o Twitter e já tem uma série de pessoas que está comentado sobre o que aconteceu ao vivo", opina.
E as ações são tão imediatas que o universitário Davi Pires, de 20 anos, por exemplo, criou até grupo no WhatsApp para discutir o programa. "Quando dá 22h, já ficamos nervosos para dar a hora do 'BBB' (risos). Fiquei receoso com os famosos, mas eles colocaram pessoas que são famosas na internet e despertam a curiosidade", afirma.
O técnico em Logística Henrique Efgem, de 20 anos, corrobora a opinião de Davi. Às vezes os telespectadores conheciam os famosos das redes sociais e, lá, nem sempre eles mostram tudo o que realmente acontece no dia a dia de cada um. "Os famosos estão dando uma visibilidade muito grande ao programa e, ao misturar os participantes, você vê o contraste. No início era ainda mais visível", opina.
Tanto Davi quanto Henrique estão torcendo pela médica Marcela, mas dividem a torcida com a capixaba Gizelly Bicalho, a advogada criminalista de Vitória.
"Também estou torcendo para Marcela, mas acho que o Pyong é um forte candidato", compara Eduardo. O youtuber conhece o hipnólogo pessoalmente (os dois já participaram de uma ação beneficente juntos). "Marcela é coerente, simpática, acho que ela pode levar. Mas fico entre ela e com o Pyong", conclui.
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