O presidente da República, Jair Bolsonaro, prometeu nesta sexta-feira, 13, reconduzir o jornalista Sérgio Camargo à presidência da Fundação Cultural Palmares, se o governo tiver êxito na tentativa de reverter a decisão judicial que suspendeu o ato de nomeação.
A suspensão foi decidida pelo juiz federal substituto Emanuel José Matias Guerra, da 18ª Vara Federal de Sobral, que argumentou que a nomeação "contraria frontalmente os motivos" que levaram à criação do instituto.
A Advocacia-Geral da União apresentou recurso ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) contra a liminar, mas a Corte manteve a suspensão da nomeação.
Não há ainda informação sobre possível recurso da AGU a tribunais superiores.
Sérgio Camargo foi indicado no rol de mudanças promovidas pelo novo secretário especial da Cultura, Roberto Alvim. Após o anúncio, no entanto, diversas publicações do presidente nas redes sociais levaram a questionamentos sobre sua visão sobre o movimento negro.
Nos posts, Camargo critica a celebração do Dia da Consciência Negra, diz que a escravidão foi "benéfica" e afirma que o Brasil tem um "racismo nutella".
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