Em pouco mais de 48h depois de lançada, "Coração no Bolso" conquistou mais de 100 mil plays só no Spotify. O número é ótimo, ainda mais para uma dupla com apenas dois anos de formação. Considerados pelo mercado sertanejo uma das duplas que mais vem crescendo no último ano, os jovens Vitor, de 21 anos, e Carlos Eduardo - o Cadu -, de 25, carregam uma bagagem musical tão vasta que são totalmente capazes de competir páreo a páreo com qualquer artista que acumula anos de carreira e muita experiência.
Prova está no hit que inicia o texto. A canção fala do quanto uma pessoa é capaz de se entregar quando se apaixona perdidamente por outra. Por sinal, o amor é algo que sempre esteve no repertório da dupla como em Rodando Bocas, Gravemente Abandonado, Coitado Dele e a regravação Se eu me entregar, todas presentes no primeiro DVD "In CG", gravado em 2019.
"A gente sempre seguiu essa linha apaixonado. Bem romântico nas letras, falando sempre de amor, do que acontece com as pessoas. E a gente é romântico, sim", dispara Cadu, em bate-papo com o Divirta-se.
Da caminhada iniciada em 2018 - quando se encontravam em bares de Campo Grande - até o momento, a dupla é só crescimento. Atualmente eles somam números expressivos nas plataformas de áudio e vídeo. São mais de 20 milhões de acessos (entre YouTube, Spotify e Deezer), outro ponto que os coloca entre os fortes nomes do cenário atual.
O sucesso rápido de "Coração no Bolso" se soma a estes números e traz ainda mais alegria à dupla por ser uma faixa totalmente autoral. "Coração no Bolso' é minha. Fiz de uma maneira natural, peguei a ideia em uma hora que estava indo dormir. No dia seguinte, desenvolvemos a letra com nosso produtor e assim foi. Acho que as pessoas se identificaram muito", detalha Vitor.
E Cadu continua: "O Vitor trouxe a música em outro formato no estúdio. Com o produtor, a gente mudou a melodia, o ritmo, a forma de cantar. Aí ficou em formato de pisadinha".
Pisadinha, para quem não sabe, é um novo ritmo que está conquistando os que se dedicam ao sertanejo e afins. No Espírito Santo, até Alemão do Forró já lançou mão, aliás, lançou os pés, para arriscar no novo compasso. "(A pisadinha) é uma batida muito boa para cantar, curtir... Para um momento entre amigos. É um ritmo que encaixa muito bem no verão, combina com o clima. É um estilo alegre e contagiante", define Cadu.
"Coração no Bolso" faz parte do álbum Case, gravado recentemente em Campo Grande. Foram precisos, ao todo, 23 dias para a produção total do projeto e divulgação da primeira faixa, que já estava nos planos da dupla e do empresário Mauricio Mello, da gravadora MM Music: Já tínhamos o repertório montado e o cenário em mente. Decidimos gravar em um formato intimista para assegurar toda a nossa equipe. Estamos muito satisfeitos com o resultado! diz Cadu.
Durante a entrevista para A Gazeta, a dupla também adiantou planos para os próximos meses, o que têm feito enquanto estão longe das turnês e shows pela pandemia da Covid-19 e relação com os fãs pela internet, que aumentou durante a quarentena do coronavírus.
Vitor - Coração no Bolso é minha, eu fiz de uma maneira natural, peguei a ideia em uma hora que estava indo dormir e comecei a colocar no papel e pensar nas melodias e acabou que se tornou uma história que é bastante comum no dia a dia do ser humano. Muito comum nos relacionamentos. Então acho que as pessoas se identificaram muito em relação à história.
Vitor - Às vezes até tem alguma inspiração especial, algum relacionamento que a gente já passou... Sempre procuro compor, a maioria das minhas músicas, com algo que passei ou presenciei. Talvez tenha passado por algo parecido como a música mostra, mas fiz mais na ideia de as pessoas se identificarem.
Vitor - Sou bastante romântico. A transparência é muito importante no mercado para criar nossa identidade. E passar essa mensagem de verdade para o público sempre foi nossa maior meta. Que a gente consiga de alguma forma passar a nossa verdade
Cadu - O Vitor trouxe a música para a gente ouvir em outro formato no estúdio. Com o produtor, a gente mudou a melodia, o ritmo, a forma de cantar e aí ficou em formato de pisadinha
Vitor - Na verdade eu fiz a música em forma de arrocha, porque eu realmente nunca tive essa experiência de fazer uma música com a pisadinha. O nosso produtor falou da pisadinha quando ouviu a canção e ele disse que encaixaria muito bem
Cadu - Eu acho que as melhores pessoas para responder são os cantores que trouxeram esse estilo, originalmente... Eu acho que tudo que é bom o pessoal escuta, abraça, então a pisadinha não é diferente. É uma batida muito boa para cantar, descansar... Para um momento entre amigos. É uma música que se encaixa muito bem no verão. Combina muito com o clima de verão. É um estilo alegre e contagiante.
Vitor - A gente lançou e, em 10 dias, devia ter mais de 300 mil plays. Isso mostra que o pessoal está gostando e ouvindo. A gente trabalha muito com as redes sociais, com a internet. Nós tivemos uma contribuição aí em questão de engajamento graças a vários influenciadores que reproduziram a música. E isso colaborou demais para a música expandir de uma forma rápida entre várias pessoas. O pessoal postou, divulgou, mandou para os amigos... E nós temos um público muito leal na web que também ajudou muito.
Cadu - Com certeza, sempre foi. O sertanejo é um ritmo muito forte no Brasil e cada dia mais. E com essa jogada da pisadinha, é muito bom para tocar no verão, para aproveitar essa época agora. A gente acredita muito, apesar de a gente ser apaixonado pelo nosso repertório, que quem faz tornar um hit para o verão é o público. Mas a gente tem uma expectativa muito grande nessa música, que as pessoas abracem a música e toquem bastante no verão.
Cadu - Eu acho que cada área do mercado tem sua função. Lógico que a internet foi muito importante nesse momento. A gente só manteve contato com todo mundo, fãs, produtores, tudo, por causa da internet. Mas o show é muito importante para o artista, para a gente manter uma conexão próxima com o público, o que a gente sentiu falta. Mas a web, nesse quesito, possibilitou a gente continuar o nosso trabalho. Não como gostaríamos (risos), mas nos adaptamos. E usamos esse tempo para fazer coisas que não tínhamos tempo para fazer. Aproveitar a família, aproveitar para compor... Coisas que não fazíamos com muita frequência.
Cadu - Muita coisa boa! A gente gravou um DVD agora também, com um repertório bem legal quase 100% autoral, e a gente tem certeza que todo mundo vai gostar. 'Coração no Bolso' foi a primeira filha desse DVD.
Vitor - A gente fez esse trabalho pelo momento que estamos vivendo. Tivemos que colocar nosso planejamento dentro de uma caixa e esperar tudo poder voltar, então esse DVD dialoga muito com tudo que passamos e será um trabalho que recebeu todo nosso empenho. Focamos nesse trabalho e vamos trazer uma obra que a gente se emocionou, que a gente sentiu cada música, e a gente espera que assim como a gente se apaixonou, as pessoas também possam se encantar com tudo. Os fãs podem ter certeza que vão gostar.
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