Bruno Gagliasso, 37, decidiu não renovar o seu contrato com a Globo mas estará em uma nova série da emissora em 2020, de acordo com informações da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
O filme "Marighella", que conta a história do guerrilheiro e militante contra a ditadura militar brasileira, Carlos Marighella, vai virar série em quatro episódios. Wagner Moura, 43, dirigiu o longa que é estrelado por Seu Jorge, Adriana Esteves e Humberto Carrão. Procurada, a assessoria de imprensa do ator diz que apenas a Globo pode comentar sobre o assunto. Já a emissora não se manifestou até a publicação deste texto.
Sobre o desligamento de Gagliasso da rede de televisão, a decisão foi amigável e consensual. A partir do próximo ano, o artista irá trabalhar por obra, como no caso da série ?Marighella?, que ainda não possui data de exibição.
Casado com a atriz Giovanna Ewbank, 33, com quem tem dois filhos, Titi, 6, e Bless, 4, Bruno Gagliasso usou as redes sociais na última quinta (7) para falar sobre a decisão de deixar a emissora. "Tudo muda. A gente muda. O tempo muda. Nossas relações mudam. Mas o afeto, esse é permanente. Há 18 anos vocês me acompanham em séries e novelas da TV Globo e juntos fomos construindo uma bela história que agora ganha um novo capítulo."
Marcada para 20 de novembro, quando se comemora o dia da Consciência Negra, a estreia de "Marighella", cinebiografia do guerrilheiro comunista dirigida por Wagner Moura, foi cancelada por seus produtores. A produção do filme afirma que "a O2 Filmes não conseguiu cumprir a tempo todos os trâmites exigidos pela Ancine (Agência Nacional do Cinema)".
Moura afirmou que o Brasil está "completamente polarizado", e que seu filme sobre o militante de esquerda, Carlos Marighella, provavelmente será recebido com protestos pela parcela da população que apoia o atual governo de Jair Bolsonaro.
O Brasil "está completamente dividido, polarizado, de uma maneira muito estúpida", disse em uma entrevista coletiva durante o festival internacional de cinema de Santiago, onde seu filme "Marighella" foi exibido pela primeira vez na América Latina, em agosto deste ano.
"Creio que haverá um cinturão de amor ao redor do filme por parte das pessoas que querem vê-lo agora, neste momento do país, mas a coisa está tão feia que é possível que haja gente nas salas gritando ou impedindo sua projeção", acrescentou.
Inspirado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães, a trama de R$ 10 milhões acompanha os últimos cinco anos de vida do protagonista. O enredo tem início com as consequências imediatas do golpe militar, em 1964, e prossegue até o assassinato do guerrilheiro, em 1969, numa operação da polícia que é um dos marcos do fim da guerrilha urbana durante a ditadura.
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