A Orquestra Camerata Sesi completa 13 anos de existência em 2021. Fundada em fevereiro de 2008, realizou diversos concertos que ficaram na memória do capixaba com fusões de gêneros musicais eruditos e populares como Rap, MPB, Forró e Rock’n’roll, incluindo parcerias com bandas locais e músicos consagrados nacionalmente, entre os quais Paulo Ricardo e Leoni. Para agradecer ao público e trazer uma mensagem de esperança em tempos de pandemia, a Camerata realizou um um concerto ao ar livre, na manhã desta quarta-feira (24), em frente à Unidade de Saúde do bairro Consolação, em Vitória.
A apresentação ocorreu durante a vacinação do público de 70 anos ou mais para, além de levar uma mensagem de esperança, homenagear os profissionais da saúde. No repertório do quarteto de cordas, estiveram músicas brasileiras e algumas internacionais. Todas elas expressaram sentimento de esperança, alegria e superação, nesse momento em que o país segue na batalha contra a Covid-19.
O Diretor de Cultura do Sesi Marcelo Lajes conta que a Camerata começou sua trajetória de forma modesta, mas na atualidade tem conquistado grandes espaços, como o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, aonde a orquestra interpretou o ballet “O Lago dos Cisnes”, em 2019.
“Hoje a gente tem músicos de vários Estados, inclusive de fora do país. Mas a base ainda é de músicos daqui, que foram evoluindo com a orquestra, criando corpo, fazendo obras maiores, se aperfeiçoando tecnicamente e, com isso, conseguindo novos palcos”, detalha sobre o percurso, comentando que seu diferencial como grupo é o espírito de união, o empenho e a qualidade.
Foram mais de 2 mil apresentações, indo do popular ao clássico em concertos que muitas vezes recebem músicos convidados, para acompanhar a orquestra de cordas, composta por violinos, viola, violoncelos e contrabaixos.
Entre os feitos da orquestra de câmara, formada por 16 músicos, o diretor destaca os shows com artistas populares como Paulo Ricardo; a gravação de DVD com Danilo Caymmi; e o projeto “Sesi Música Clássica na Escola”, em que os músicos do grupo dão aulas para quase setecentas crianças, as formando musicalmente. “Esse é um dos maiores legados que a orquestra deixa aqui no Estado”, comenta sobre a iniciativa com os pequenos, que visa também que essas crianças acabem um dia tocando na Camerata.
Para além dos concertos e projetos já realizados ao logo desses treze anos, os planos para 2021 estão a todo vapor. Está previsto para a segunda quinzena do mês de abril uma apresentação de lançamento do primeiro CD da Camerata, uma gravação feita com o maestro Claudio Cruz, ganhador do Grammy Latino em 2002 e 2004. Lajes explica que o trabalho está agora em etapa de ajuste técnico, em breve sendo lançado em todas as plataformas digitais. O CD tem em seu repertório as Sinfonias 9, 10 e o Concerto Em Ré Menor Para Violino e Orquestra de Cordas, de Mendelssohn.
Também para o mês de abril, está esperada a apresentação “Candlelight”, um espetáculo à luz de velas, em memória das vítimas da Covid-19, onde será interpretado o concerto “As Quatro Estações”, de Vivaldi. Clássicos do itinerário da Camerata, como a “Rockestra”, a campanha do Outubro Rosa, a apresentação de Dia das Mães e o Natal no Convento integram os planos para a temporada.
“Esse ano está completando cem anos do Piazolla e a gente vai remontar uma obra de tango com bailarinos da Companhia Sesi de Dança”, adianta Lages. Além da homenagem ao compositor argentino, o diretor também relata que o Rei do Rock faz parte da programação: “Tem uma coisa bacana que a gente vai fazer, que é o especial Elvis Presley. A gente vai trazer as músicas dele usando imagens e holografia, fazendo o Elvis cantar, usando a voz dele “.
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