Desde que assinou contrato com a Warner Music e lançou a primeira música pela gravadora que é a mesma de Anitta, em outubro do ano passado, Nick Cruz tem se inspirado no amor para as novas composições.
Na ocasião, o artista trans do Espírito Santo colocou nas plataformas digitais “Até de Manhã”, que já mostrava uma evolução vocal clara por parte do capixaba. Agora, com “Então Deixa”, segundo single que foi lançado com o selo Warner, Nick reforma a inspiração amorosa explorando novos sons.
O novo hit, que já está disponível nos aplicativos de música, narra uma história afetiva em que o artista canta, basicamente, “então deixa” o amor acontecer (com a licença do trocadilho com o título da canção).
“Então Deixa’ foi fruto de um encontro com a cantora Budah e o beatmaker Martinz aqui no Rio de janeiro. Fizemos uma tarde de composição muito gostosa em estúdio e, entre brincadeiras e improvisos, a música nasceu”, lembra, falando da inspiração: “O amor é uma inspiração atemporal. Sempre estamos apaixonados por algo ou por alguém. Ainda pretendo falar muito sobre amor nas próximas músicas!”.
A adaptação da melodia à fase profissional de que ele usufrui, neste momento, também acabou refletindo na interpretação da nova canção, que o próprio artista considera “mais segura”. “Depois de “Até de manhã”, eu alavanquei a segurança em relação a muitas coisas que antes me sentia muito despreparado, como atuar e encarar a câmera. E estou muito confiante com “Então Deixa”, é uma composição que foi feita com muito carinho e tenho certeza de que o público vai gostar também”, corrobora.
E tanto aposta nessa mudança que crê que “Então Deixa” pode ser um divisor na carreira. “Estou mais seguro em relação à música. Chegamos mais perto do segmento que procuramos enquanto melodia e ritmo”, reitera.
Nesta sexta-feira (29), quando é celebrado o Dia da Visibilidade Trans, a nova música do artista também é um grito de liberdade para a transfobia no Brasil. “Estamos no país que mais mata trans no mundo e não é de hoje. O Brasil está nessa classificação pela 12ª vez seguida. Sou um artista trans num país transfóbico”, pondera.
No entanto, Nick não acha que o aspecto sexualidade possa ser prejudicial no sentido de desenvolvimento da carreira. “Não vejo isso me atrapalhando, mas há um medo em certo ponto. Ao mesmo tempo, me encorajo para ser contribuinte nessa mudança de cenário e buscando cada vez mais o nosso espaço”, encoraja.
Para os próximos meses, o artista capixaba adianta que está com vários projetos em andamento, mas diz que “não posso dar spoiler agora (risos)”. “O que posso dizer é que ‘Então Deixa é de tirar o fôlego”, brinca.
E finaliza: “Tenho trabalhado em novos singles, buscando ritmos diferentes e caindo dentro da malhação. Por mais que eu dependa desse setor, ainda acho descabido voltar com aglomerações, já que não temos vacina e o número de mortos continuam a crescer”.
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