Lizzo, 31, acaba de desbancar a rapper Cardi B e adquirir mais um recorde para a sua coleção. Nesta segunda-feira (23), a cantora se manteve pela quarta semana consecutiva no posto de número um na parada Billboard Hot 100, com a música "Truth Hurts".
Com isso, ela se torna a artista feminina de rap com música solo que ocupou a posição por mais tempo. O recorde anterior era de Cardi B.
"Caí de amores pelo mundo da música quando eu tinha 9 anos de idade... Eu sei que é clichê, mas a música foi literalmente meu namorado", diz Lizzo em uma publicação no Instagram em que comemora o novo recorde. "Eu não tinha ideia de que esse relacionamento [com a música] poderia me levar tão longe. Se a pequena Lizzo ao menos soubesse o que ela conquistaria quando pegou aquela flauta, ou escreveu canções em seu quarto, ou forçou suas amigas a fazerem bandas...", lembrou.
Mas afinal, quem é Lizzo? O nome da norte-americana nascida em Detroit, que na verdade é Melissa Viviane Jefferson, pipocou nos últimos meses. As músicas "Juice" e "Tempo", lançadas este ano, invadiram rádios internacionais. Mas o mais curioso é que "Truth Hurts", a que mais faz sucesso atualmente, foi lançada em 2017.
Na época em que a lançou, Lizzo estava desesperançosa com sua carreira. "Eu chorava no meu quarto o dia todo. Pensava: 'Se eu parasse de fazer música agora, ninguém se importaria", disse em uma entrevista à revista Elle.
O produtor da cantora foi o responsável por não fazê-la desistir, dizendo que mesmo que sua música não parecesse importante para o mundo, pelo menos era importante para eles dois. "Então, tomei a decisão de continuar como artista", disse. E a decisão foi certeira. Recém-descoberta, a cantora já coleciona fãs famosos, como Beyoncé e Rihanna -que chegou a dizer que adoraria gravar com a nova artista.
Depois de se formar em performance musical na Universidade de Houston, Lizzo já lançou três álbuns: "Lizzobangers" (2013), "Big Grrrl Small World" (2015) e "Cuz I Love You" (2019).
Militante e ativista que fala sobre gordofobia, machismo e o mundo LGBT+, ela escreve letras sobre assuntos polêmicos, mas também sobre aceitação e positividade. Em "Juice", por exemplo, ela fala sobre o amor próprio: "Espelho, espelho meu/Não diga, porque eu já sei que sou linda".
A cantora não tem medo de aparecer de lingerie em clipes, e em seus shows está sempre acompanhada de bailarinas plus size, chamadas de "Big Grrrls".
À Elle, ela diz que leva muito a sério a questão do amor-próprio, porque quando era mais nova, queria mudar tudo sobre si. "Eu não amava quem eu era. E a razão de eu não amar quem eu era é porque me disseram que não era aceitável pela mídia, pelas [pessoas da] escola, por não me ver em anúncios de beleza, por não me ver na televisão... Por falta de representação. Meu ódio a mim mesma ficou tão ruim que eu estava fantasiando sobre ser outras pessoas. Mas você não pode viver sua vida tentando ser outra pessoa", diz. "Minhas músicas são felizes, mas vêm de um lugar triste ou frustrado. Essas músicas são histórias reais".
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