Uma capixaba de 12 anos está fazendo bonito e deixando sua marca no mundo da arte. Apesar da pouca idade, Fernanda Morais impressiona com suas pinturas a ponto de já ter vencido um prêmio internacional.
Sua história com os desenhos começa com ela bem pequena, antes dos 5 anos de idade. Até então, a capixaba tirava a inspiração para as ilustrações da própria cabeça e, volta e meia, impressionava a família pela riqueza de detalhes dos “rabiscos”. Aos 10, pediu aos pais um kit completo de pintura no lugar da festa de aniversário e, de lá para cá, só vem aperfeiçoando as técnicas que iniciou de forma autodidata.
Agora, além dos estudos no colégio e uma pintura (que ela começou no meio do ano passado), ela também faz aulas de inglês e japonês para seguir o sonho de estudar Artes Plásticas na Europa: “Eu tenho esse sonho. O que eu faço hoje vai refletir no que serei amanhã”.
O show de talento que ela dá no óleo sobre tela vem acompanhado de uma maturidade atípica para a pouca idade. Mas, bastante determinada, a artista capixaba de 12 anos completa: “Gosto muito de pintar paisagens e animais. Só pintei uma figura humana até hoje, que foi uma índia, que teve inspiração na Tainá (do filme). E ainda não tenho certeza de que movimento artístico quero seguir ou qual gosto mais. Ainda estou aprendendo sobre eles”, responde, quando foi questionada sobre se gostava mais do cubismo, realismo ou impressionismo.
E não só o júri da Indonésia, em novembro de 2020 quando ela foi anunciada vencedora do concurso para jovens talentos das artes daquele país, se surpreende com a habilidade de Fernanda. No Brasil, além de vender quadros para colecionadores do Espírito Santo, ela já enviou as obras para outros lugares que chegam até a encomendar os itens.
“Agora estamos parando de vender um pouco porque queremos fazer mais exposições. E se ela fica produzindo, mas a gente vende sempre, acaba que nunca conseguimos concentrar e acumular o acervo”, fala Margarete Morais, mãe de Fernanda e da pequena Amanda, de 7 anos, que durante a entrevista por videochamada decidiu aparecer para dizer que também faz arte: “Gosto de desenhar e me inspiro na minha irmã. Quando crescer quero ser igual à minha irmã”.
Isoladas pela pandemia da Covid-19, o tempo que a pequena pintora está passando em casa, inclusive, tem servido para ela turbinar essa quantidade de telas. Algumas obras podem ser apreciadas e o trabalho acompanhado no Instagram da jovem.
Atualmente, Fernanda também faz aulas de pintura com a professora Ignácia Macedo, que tem ateliê em Laranjeiras. A artista plástica é famosa por dominar a técnica “espatulada”, que é quando o artista usa apenas espátulas para pintar as telas no lugar dos pincéis. E é esse o jeito que mais encanta Fernanda, que reitera: “Eu acho mais fácil (risos). E gosto muito de como fica”. A mãe rebate: “Não é fácil, não (risos). Mas ela realmente dominou esse jeito de pintar”.
Margarete lembra ainda que as obras de Fernanda já foram expostas algumas vezes, inclusive no antigo colégio em que ela estudava, na Serra. Moradoras da região da Praia da Baleia, as peças da artista-mirim foram postas para jogo, pela primeira vez, em um campeonato na Praia de Jacaraípe. “O pessoal que organizou o evento segue a Fernanda no Instagram e curte muito o trabalho dela. Então quando fizeram um torneio nos convidaram para expor os quadros e nós fomos”, recorda.
Para agora, Fernanda adianta que pretende focar cada vez mais em melhorar suas técnicas de pintura sem deixar de lado os estudos regulares. E, com a família, quer explorar todo seu talento exercitando o que mais gosta de fazer: criar arte.
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