Tem capixaba na disputa da 5ª Temporada do The Taste Brasil. Bianca Brunow Dalla (ou Bia) foi selecionada para o time de Helena Rizzo no programa exibido, na última quinta-feira (4), no canal GNT.
"Gostei muito da sua colher. Adoro arroz! É algo que gosto de comer e fazer. Achei o ponto do teu arroz perfeito. Poderia ter mais força, mas estava temperadinho e gostoso. Venha para o time", disse Helena ao selecionar Bia, que apresentou um arroz de polvo e agrião para os jurados (Claude Troisgros, Helena Rizzo, André Mifano e Felipe Bronze) em apenas uma colher.
O prato chegou a ser bastante elogiado pelos outros jurados. "Bia, você é demais, adorei seu astral. Adorei tanto quanto a tua colher, mas não é o tipo de comida que busco no meu time", explicou Felipe Bronze. Já Claude Troisgros sentiu que faltou pegada: "É o tipo de comida que eu gosto, mas faltou a pegada que me arremetia a Portugal", disse o chef.
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Sorte para Bia, que já queria o time de Helena Rizzo. "Eu sempre quis ir para o time da Helena. Acho ela uma mulher poderosa, entre homens. E levantar essa bandeira do empoderamento é importante pra mim. Além disso, o estilo de cozinha dela é mais afetivo, me identifico muito", disse a capixaba, ao Gazeta Online, que também recebeu elogios da mentora: "Gostei de ter conhecido a pessoa, achei ela forte e empoderada", disse Helena no programa.
Agora, a competição começa de verdade. Nos próximos programas, que são exibidos às quintas-feiras, os mentores passam a receber um chef convidado renomado, que traz um tema e um desafio surpresa para a primeira prova. "A melhor colher é escolhida pelo mentor para representar o time, e, se o chefe convidado escolher, ganhamos imunidade. A segunda prova tem um tema parecido mas, dessa vez, cozinhamos sem a presença dos mentores, e para eles. Eles degustam às cegas e escolhem uma entre as melhores e três piores. Nessa primeira fase do programa, dois são eliminados por vez", explica Bianca.
Cozinha não é uma novidade para Bianca. Ela é responsável pelos cardápios dos Liverpubs (Vitória e Colatina) e da Cervejaria Liverpub (Colatina) e possui um projeto na internet chamado Cozinha Intuitiva da Bia, onde compartilha suas experiências gastronômicas. Se acha pouco, a nossa candidata a vencedora do The Taste Brasil já participou do Masterchef Brasil. Confira uma entrevista com Bia que disputa o prêmio de R$ 100 mil do programa.
Sempre acompanhei o "The Taste". O Anthony Bourdain, que foi o cara que me inspirou a começar a cozinhar, foi mentor e co-criador do programa. Aqui no Brasil eu sempre assistia e curtia muito o formato
A inscrição foi feita meio que por acaso. Estava com meus irmãos falando sobre programas de culinária e eles me perguntaram se eu não teria coragem de me aventurar novamente no Masterchef Brail - já participei do programa em 2016, ganhei o avental mas não fui a frente. E eu disse que o único programa que eu ainda curtia era o The Taste. Eles não conheciam, fui buscar na internet o formato para mostrar e foi direto para a página de inscrição. Acabei me inscrevendo ali mesmo, sem grandes pretensões. Mas eles entraram em contato e deram continuidade ao processo.
A inscrição é feita online. Depois tem uma série de entrevistas via Skype e presenciais. São muitos inscritos, pelo que disseram, cerca de 10 mil. Aí, num primeiro crivo, sobram 600 e vão sendo eliminados até sobrarem os 30 que vão apresentar as colheres. Desses, sobram os times - 4 para cada um dos mentores: 16 participantes, no total. Entrei numa dessas vagas.
A dinâmica do Masterchef considera muita coisa além do sabor final do prato. O que me encanta no formato do The Taste é que o que ganha é o sabor mesmo, uma vez que eles fazem degustação às cegas e não tem como saber de quem são os pratos que estão provando. Acho isso muito legal. Para mim, a parte mais difícil é que nesse programa tem amadores e profissionais buscando vagas. Eu, embora trabalhe nisso há pouco tempo, não tenho formação em gastronomia. Não sei como isso vai pesar no meu processo de seleção.
Nessa eliminatória, cada um dos 30 produz sua receita e apresenta para os mentores, que provam sem saber quem cozinhou. Caso eles gostem, ativam um botão escolhendo para seu time. Depois o cozinheiro se apresenta e eles mostram o resultado. Caso o cozinheiro seja escolhido por mais de um mentor, ele mesmo escolhe com quem vai ficar. É mais ou menos como no The Voice. Sobre a rotina de gravação ainda não sei dizer muita coisa.
Eu sempre quis ir pro time da Helena. Acho ela uma mulher poderosa, entre homens, e levantar essa bandeira do empoderamento é importante pra mim. Além disso, o estilo de cozinha dela é mais afetivo, me identifico muito!
Em 2016, quando participei do Masterchef, passei por momentos ruins de ansiedade e tive algumas crises de autossabotagem. Enfim, foi uma coisa legal que eu transformei num processo doloroso. Quando rolou esse lance do The Taste, meu principal objetivo foi minha redenção pessoal. Passar por todo o processo - fosse ele curto ou mais longo - com tranquilidade e vencer esse monstrinho da ansiedade que só quem tem sabe como é. Óbvio que quero me validar como cozinheira, mas se eu conseguir romper a barreira psicológica, já vou ter cumprido boa parte do meu objetivo.
Não pensei nem sobre como vai ser se eu continuar, ainda mais em ganhar (risos). Acho que seria incrível ter esse grau de reconhecimento. Já estou muito muito feliz de estar entre os dezesseis. Vou viver um dia de cada vez, sem muitos planos, e aproveitar a viagem.
Eu me encontrei na cozinha. Tenho prazer mesmo em trabalhar com isso - mesmo com os cortes, queimaduras, o calor. Tenho levado a minha cozinha de um jeito leve para a cervejaria e para eventos particulares, tentando agradar ao cliente e, ao mesmo tempo, exercitando minha criatividade. As pessoas têm gostado muito. A cervejaria hoje recebe clientes que tem a mesma curiosidade em provar os petiscos e a cerveja, e isso, para mim, é uma vitória . É uma vida corrida, de sangue, suor e gordura - mas que tá fluindo lindamente e me deixando cada vez mais feliz.
Meus planos são de levar a cozinha cada vez mais longe. Quero aproveitar para ocupar espaços que já ocupo timidamente, como o Liverpub de Vitória e o Liverpub de Colatina, fazendo cada vez mais eventos cuja atração é a comida. Pretendo também montar alguns cursos e dar continuidade ao projeto de levar a Cozinha Intuitiva da Bia para a casa das pessoas. Quero também continuar compartilhando minha rotina gastronomia nas redes sociais e no meu site retomar os vídeos e, quem sabe não role um projeto para as telas, vamos ver.
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