Ela não é Pabllo Vittar, mas chegou "preparada para atacar". Essa é a vibe da cantora capixaba Lívia Simão no clipe de seu novo single, "A Louca" (disponível nas plataformas digitais), em que aparece empoderada, decidida e usando roupas de vinil, bem dominatrix, quase uma "rubber woman" (tradução livre para mulher de borracha).
"Pensei na música (e no clipe) enquanto estava no chuveiro, acredita?", confessa a cachoeirense, sempre bem humorada, em bate-papo com o "Divirta-se". "Liguei na hora para o meu produtor (ainda bem que o celular não caiu na água...) e começamos a compor o beat e a letra. Ficou do jeito que imaginei", detalha a artista, conhecida por sua bela e afinada voz.
"'A Louca' conta um pouco das experiências amorosas tóxicas que já tive. Fala do empoderamento da mulher bem resolvida, que um dia foi chamada de louca, mas deu a volta por cima e tornou-se independente afetivamente", aponta.
Basta olharmos parte da letra da nova música para confirmar a afirmação de Lívia. "Hoje tu chora querendo voltar/ Mas eu acelerei a mil e já tô na pista/ Mantém a postura e fica bem no teu lugar/ Chora parcelado enquanto eu vou jogando à vista", brada, em uma composição que remete ao tradicional "reggaeton" caribenho.
E o clipe? "Gravamos em Cachoeiro mesmo, em julho e com todos os cuidados em relação à pandemia da Covid-19. Quando você é um artista independente, precisa se virar para tocar seus projetos. Com a crise sanitária, fui obrigada a mudar todo o conceito visual que tinha para o vídeo", afirma Simão, que, durante as gravações, contou com a parceria dos bailarinos Carol Bonfim e Shin, além do fisiculturista Elielton Garcia.
"A Louca" se junta a "Checkmate" e "Avante" - lançadas anteriormente - e formam uma espécie de pré-estreia do primeiro EP de Lívia, "Eclética", que deve sair do forno até dezembro. Por falar em “Avante”, o clipe contou com uma coreógrafa do cast de Ludmilla, Larissa Carvalho.
"Estamos no fechamento de mais duas faixas para divulgar o disco. Quero continuar apostando no ecletismo, sabe? As composições devem trazer um misto de pagode e sertanejo, algo que ainda não fiz na carreira. Vivo dizendo que não quero abrir mão da liberdade de ser a minha diversidade musical", filosofa.
Aos 28 anos, a cantora é formada em Fisioterapia (chegou a atuar na área por seis meses), mas desde criança sabia que sua onda era mesmo a cena artística.
"Comecei muito nova, na escola ainda, participando de todos os projetos culturais e musicais. Cheguei a me apresentar no programa 'Canta Comigo', da Rede Record, o último que o Gugu Liberato apresentou. O legal é que sempre contei com o apoio dos meus familiares. Meu pai é um grande incentivador. Ele está contando as horas para pandemia passar e poder me acompanhar nos shows presenciais novamente", planeja, com ansiedade.
Lívia Simão afirma que sente orgulho de ser uma artista capixaba e torce para que, no futuro, faça parcerias musicais com outras cantoras do Estado. "A gente precisa se unir mais. Muitas mulheres sofrem preconceitos e inseguranças, até mesmo em relação aos futuros de suas carreiras. Parcerias vão nos fortalecer cada vez mais", define a cachoeirense, que se diz fã de Rihanna, Whitney Houston e Beyoncé.
Antes de terminar a conversa, Lívia informa que, em breve, os fãs poderão conhecer sua versão acústica, tipo banquinho e violão mesmo. "Recentemente, gravei uma live para o projeto 'Cultura em Toda Parte', o 'Livia Session'. Até o fim de setembro, vai estar disponível em meu canal no YouTube. É mais uma forma de demonstrar a minha versatilidade vocal", complementa.
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