A Comic Con Experience, ou CCXP, realizada no último final de semana, reuniu um só lugar todas as vertentes da cultura pop de cinema e quadrinhos a animes e séries de TV. Gigantes como Warner, Fox, Globo, Netflix e Disney trouxeram atrações internacionais e promoveram painéis de suas principais estreias como Aquaman, X-Men: Fênix Negra e Capitã Marvel. Além disso, o gigantesco Artist Alley (algo como beco dos artistas) deu aos fãs a oportunidade de interagir com quadrinistas de renome e descobrir novos talentos dos quadrinhos tudo com suas devidas e já esperadas filas. Afinal, foram aproximadamente 262 mil pessoas nos quatro dias de evento.
Em sua quinta edição a CCXP se tornou não só a maior feira de cultura pop do Brasil em número de visitantes, é a maior do mundo. Para falar mais sobre a evolução da CCXP, o C2 entrevistou um dos sócios fundadores do site Omelete e da própria Comic Con Experience Marcelo Forlani.
De onde veio a ideia de fazer uma Comic Con no Brasil?
Desde a primeira vez que eu e o Érico (Borgo, sócio-fundador do Omelete e da CCXP) fomos à San Diego Comic Con, nós vimos como era legal e que precisávamos voltar todo ano. Aí nos perguntamos por que não tinha isso no Brasil. A gente ficou com isso batendo na cabeça durante uns cinco anos e batemos nas portas dos estúdios falando da nossa ideia de fazer isso no Brasil, mas o mercado não estava pronto ainda. Em 2013 o Omelete se juntou com mais duas empresas, a Chiaroscuro Studio e a Pizzy Toys e, assim, com a evolução do mercado, falamos para os estúdios: vamos!, e eles vieram trazendo atores e atrações. Fizemos aqui algo que é bom para o mercado também.
Qual o sentimento de ver que a CCXP chegou à sua quinta edição?
Além de cansaço, sentimos muita alegria. Ficamos o ano inteiro para fazer a CCXP e assim que acaba o evento já nos sentamos para conversar e ver o que funcionou e o que não funcionou para arrumar para o ano seguinte. Ver o evento crescendo e a galera voltando ano após ano, ver os estúdios trazendo premieres e mais conteúdo, ver cada vez mais gente e saindo daqui feliz e satisfeito é um sentimento de conquista cada vez maior.
Como foi a evolução da CCXP durante os cinco anos?
A gente foi aprendendo com as coisas que iam acontecendo, como o público se comportava, usando dados, sempre que possível para entender como as pessoas se deslocavam de um lado para o outro. Outra coisa é que tudo cresceu junto. A CCXP, o Omelete, o São Paulo Expo, e todo ano a gente usava a capacidade do local, até usar o que temos aqui hoje, 115.000 metros quadrados. Então a gente foi evoluindo junto com o mercado, foi um crescimento natural para todo mundo, foi uma evolução saudável.
E como é ver o público abraçar o evento de uma forma tão acolhedora?
O público é a melhor coisa do evento. Eu vou passando nos corredores e vem gente me agradecer, falando: obrigado pela comunidade geek ter um lugar pra ir todo ano. E a gente faz parte dessa comunidade, a gente faz isso porque a gente gosta. Então cada abraço, cada agradecimento, eu sempre retribuo, porque não adiantava nada fazer tudo isso se eles não viessem.
E para onde ir a seguir, o que o futuro promete?
Ano que vem vai ter a CCXP na Alemanha, em junho, mas no Brasil ainda tem muita coisa pra gente fazer. Sempre tem onde melhorar e trazer mais coisa aqui pra dentro. Mas esse desafio de ir para Alemanha a partir do ano que vem é algo que está deixando a gente bem empolgado porque é um mercado novo. Então ano que vem temos três grandes eventos: a CCXP na Alemanha, em junho, a GameXP, em julho. e a CCXP aqui no São Paulo Expo, em dezembro.
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