"Eu amo a lua pálida, alta noite,/ Quando tudo é silêncio/". A luz do luar sempre foi musa inspiradora de artistas e, claro, de casais apaixonados, como podemos constatar em um trecho da poesia Canto III, uma das mais belas composições do escritor Álvares de Azevedo, que abriu esse texto.
O satélite natural da Terra, pelo visto, não só inspirou o mestre do ultrarromantismo, mas também a dupla de fotógrafos de A Gazeta, Vitor Jubini e Ricardo Medeiros, que, em 5 de julho, publicaram no portal um ensaio de Fotojornalismo mostrando a beleza da Lua Cheia em alguns pontos da Grande Vitória.
Encantado com as belas imagens que recebeu pelo WhatsApp, especialmente as que mostravam o Convento da Penha ao lado de uma Lua "cheia de charme", Cecitônio Coelho, músico conhecido da noite capixaba, resolveu criar uma composição, em parceria com o maestro Célio Paula, regente da Orquestra Pop&Jazz, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). O resultado, o romântico reggae "A Lua e o Convento", lançado em uma live realizada em setembro, pelas redes sociais.
"O Célio me mandou as imagens e sugeri que ele criasse uma poesia. O resultado veio no final da tarde, quando recebi a letra. Para embalar, pensei em fazer um reggae, algo novo em minha carreira, pois sempre me dediquei mais à música de raiz e aos ritmos nordestinos", explica Cecitônio.
Mas, espera... Por que um reggae? "Imaginei um lual em ritmo de poesia. Vila Velha combina com esse espírito. Além disso, nunca gravei uma faixa nesse estilo musical. Foi gratificante quando o maestro me disse que muita gente ligou elogiando. Estava ansioso, pois quando compomos algo distante da nossa região melódica, o sucesso é mais gratificante", avalia, dizendo que, no pós-pandemia, pretende gravar um álbum de estúdio contando com as dez faixas que compôs em parceria com Célio Paula durante o período de isolamento social.
Feliz com a homenagem, Vitor Jubini afirma ser especial quando o seu trabalho sai do espectro da fotografia e consegue influenciar outras linguagens.
"Era um domingo e estava de plantão. Sabia que seria Lua cheia. Dei uma volta na cidade com uma ideia: captar a Lua tendo como referência um elemento local. Por sorte, a Lua nasceu linda atrás do Convento da Penha", suspira o jornalista, dizendo que o clique foi uma de suas fotografias com mais repercussão em 2020.
"A imagem viralizou, caindo em grupos de WhatsApp, com muitos compartilhamentos. Até que, recentemente, recebi uma mensagem do Cecitônio (Coelho) em um post que fiz nas redes sociais, falando da composição. Achei 'A Lua e o Convento' linda e fique bem feliz com ela", complementa.
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