As últimas semanas têm sido de muita luta contra o racismo. Depois do assassinato de George Floyd por um policial branco em Minneapolis nos Estados Unidos, milhares de pessoas se uniram em um coro pedindo aquilo, que em pleno ano de 2020, já deveria ter sido assimilado pela sociedade: igualdade e respeito. Juntos gritam que vidas negras importam e que basta de preconceito.
Seja na comédia, seja no drama ou na ficção, a cultura pop mostrou por diversas vezes como ele está presente na sociedade. Por vezes, séries e desenhos animados abriram espaço para falar como a discriminação racial machuca e mostra o pior lado da sociedade. Reunimos cinco desses momentos que mostram o preconceito visto de diferentes ângulos.
Quem era criança nos anos 2000 e assistia os desenhos pela parte da manhã, deve se lembrar de um super-herói preto que chegou a contracenar com a Liga da Justiça: o Super Choque. O mocinho, que declarava que ia dar choque no seu sistema, era o estudante afro-americano chamado Virgil Ovid Hawkins e que tinha como melhor amigo Richie (Richard Osgood Foley).
Em um dos episódios Virgel está na casa de Richie depois de insistir muito para conhecer a família do amigo. Ele fica para o jantar, mas quando o pai do garoto chega, a situação fica, no mínimo, constrangedora, revelando o preconceito contra os negros e sua cultura. No final desse mesmo episódio, o pai de Virgil diz que conhece bem o tipo de Richie o tolerante, bom e honesto.
Quem é fã de Greys Anatomy sabe que a autora da série, Shonda Rimes, volta e meia traz episódios com temas sensíveis. Na décima temporada, um adolescente preto de 12 anos esqueceu a chave de casa e tentava pegar o telefone para ligar para os pais quando foi baleado no pescoço por um policial branco. A família morava em um bairro rico e de maioria branca. Durante os 42 minutos do episódio, as histórias de violência policial contra negros é abordada.
Nos últimos minutos, Drª. Miranda Bailey e o marido, Ben, sentam para conversar com o filho, Tuck. No diálogo, eles dizem o que o garoto de 13 anos deve fazer quando for abordado por um policial. E se seus amigos brancos estiverem sendo respondões, saiba que não pode fazer o mesmo. Você não pode pular janelas, brincar com armas de brinquedos ou jogar pedras. E não pode nunca correr deles. Não importa quão amedrontado você esteja. Nunca! Nunca! Nunca!, enfatiza a mãe.
Nem só os dramas retratam o racismo. Quem não lembra do Will Smith e seu primo rico Call Banks de "Um maluco no pedaço". Will saiu da Filadélfia (EUA) para viver com o tios ricos, Phil e Vivian, em Los Angeles (EUA).
No sexto episódio da primeira temporada do sitcon, os primos saem de carro para encontrar o tio Phil na Palms Springs, quando são abordados por uma viatura policial. Todo o episódio mostra o contraste da visão de Call, que nunca passou por tal situação, com Will, que entendia como o sistema funcionava para os pretos, com os policiais julgando os dois pela cor.
O simples ato de conseguir um emprego mostrado em "As visões da Raven" mostrou como o racismo afeta o mercado de trabalho. Raven e sua amiga Chelsea tentam conseguir uma vaga em uma loja de roupas.
Mesmo Raven tendo se saído muito melhor que Chelsea no teste, apenas Chelsea é aprovada. Em uma visão, Raven descobre que isso ocorreu porque ela é preta e a amiga branca. Esse episódio ainda mostra ícones da cultura negra e como elas revolucionaram o mundo.
Black Mirror é conhecida por suas críticas sociais embutidas nos episódios, algumas mais sutis que outras. O primeiro da terceira temporada traz uma sociedade onde tudo gira em torno das redes sociais digitais. Ele apresenta Laice, uma moça jovem branca. Assim como tantos outros nessa sociedade, ela avalia as pessoas por meio do aplicativo no celular.
Logo nos primeiros minutos é possível ver Jack, ou J.J., um jovem negro que trabalha em uma cafeteria. A nota dele, diferente da de muitos outros é bem baixa 3.7. Em seguida, mostra a pontuação das outras pessoas que estão local que são "maiores" que a dele. Quando a pessoa atingiu um determinado número baixo, elas perdiam acesso aos produtos e serviços oferecidos na sociedade, sendo deixadas à margem de tudo.
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