Durou pouco mais de duas semanas o tempo que Jeyson Dias Cabral da Silva permaneceu no cargo de superintendente do Iphan em Minas Gerais.
Ele foi nomeado em 25 de setembro em substituição à museóloga Célia Corsino, exonerada após quatro anos de exercício no cargo. Acabou sendo exonerado nesta quinta-feira (17). O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e o Ministério da Cidadania não informaram a razão da exoneração.
A escolha de Cabral da Silva pelo Ministério da Cidadania havia sido questionada por profissionais da área, assim como a de outros nomes. Ele não tinha experiência ou formação para o cargo.
O Instituto de Arquitetos do Brasil e a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas enviaram nesta quarta (16) denúncia ao Ministério Público Federal e à Procuradoria Geral da República, pedindo ajuizamento de ação para anular as nomeações de novos superintendentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
O Iphan é uma autarquia vinculada ao Ministério da Cidadania que zela pela preservação do patrimônio em esfera federal, com atuação nos estados por meio de superintendências.
No mês passado, técnicos de carreira que atuavam como superintendentes do instituto em Minas Gerais, no Paraná, em Goiás e no Distrito Federal foram trocados por nomes sem experiência na área do patrimônio, mas vinculados à base aliada do governo Bolsonaro.
Antes de assumir a cadeira no órgão responsável por preservação do patrimônio histórico, Cabral da Silva foi cinegrafista da Câmara Municipal de Juiz de Fora.
Sua indicação partiu do deputado federal Charlles Evangelista (PSL-MG).
Em setembro, o prefeito de Ouro Preto, Júlio Pimenta (MDB), o também emedebista Juscelino Roque, prefeito de Diamantina, e o tucano José de Freitas Cordeiro, o Zelinho, prefeito de Congonhas, enviaram cartas ao ministro Osmar Terra pedindo a recondução de Corsino ao cargo.
Ainda não foi informado quem assumirá o cargo de Cabral da Silva após sua exoneração.
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