No melhor estilo U2 - mas com músicas dos Reis do Iê, Iê, Iê -, o Clube Big Beatles faz uma apresentação histórica pelas ruas de Vitória neste sábado (11). Mas o que os irlandeses têm a ver nesta história?
Para quem não lembra, Bono e cia fizeram um show em cima de um caminhão em movimento pelas ruas de Manhattan (EUA), em 2004, para divulgar o disco "How to Dismantle an Atomic Bomb", que tem clássicos como "Vertigo". Aqui em Vitória, a turma do Big Beatles fará a apresentação num ônibus estilo inglês, que vai rodar cerca de duas horas pelas vias da Capital, mas longe do clima de axé dos trios elétricos.
Serão músicas calmas para trazer esperança e relembrar que a vida segue. Afinal, a apresentação ocorre no emblemático 11 de setembro (dia dos ataques às Torres Gêmeas, em Nova York, em 2001) e no meio da pandemia que levou mais de 520 mil vidas brasileiras.
"Não queremos e não vamos transformar o ônibus num trio elétrico. Será um som leve e suave, respeitoso com quem perdeu parentes e amigos. Temos que nos preocupar de levar energia positiva no melhor estilo 'Here Comes the Sun', mas, ao mesmo tempo, lembrar que não estamos 100% livres da pandemia", explica Edu Henning, integrante da banda.
"Vamos trazer um repertório com músicas como 'All We Need Is Love', 'Imagine', 'My Sweet Lord', 'Yesterday', que têm mensagens de levantar a moral de qualquer um. O som será um pouco mais baixo, não será no estilo trio elétrico. Será uma linda homenagem", completa.
O percurso começa às 16h, saindo da Ufes, na Reta da Penha, em Goiabeiras, e segue para a Rua da Lama, Jardim da Penha, Ponte Ayrton Senna, Praia do Canto, Bento Ferreira, Praça do Papa e finaliza no Shopping Vitória, onde o Big Beatles fará uma apresentação de cerca de uma hora. A previsão de chegada no estacionamento do centro de compras é 18h40.
"A Guarda Municipal está nos dando apoio, colaborando com a gente. Vamos andar devagar. Não tem mais Ivete Sangalo aqui não, rapaz. A gente já tem uma certa idade", brinca Edu sobre tocar num veículo em movimento.
A ideia do projeto veio de uma conversa de amigos. "A dona do projeto é a Alcione Lobato. Ela que virou e falou: por que vocês não fazem isso?'. Foi tudo de forma totalmente descontraída", detalha.
Mas como montar uma estrutura de banda em cima de um ônibus cujas cadeiras não são removíveis? "A gente não tem como tirar os bancos. Aí começa a dificuldade. O maior problema foi a bateria, que não cabe ali. Estamos ensaiando com bateria eletrônica, que tem o mesmo efeito e ocupa um espaço infinitamente menor. Guitarra, baixo e amplificadores ficam nas cadeiras, onde tiramos os apoios de braço para facilitar", detalha.
Questionado sobre animação de estender o projeto, Edu não esconde em ter uma continuação. "Anima, porque recebemos diversas mensagens de pessoas querendo que fôssemos para Vila Velha, por exemplo", conta.
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