A cidade de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, comemora 100 anos no dia 22 de agosto. Para comemorar o centenário, a prefeitura da cidade realiza uma série de atividades neste ano. Um deles é a produção de um livro. Assim, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, em parceria com a Academia de Letras e Artes do município (Alarc), seleciona escritores para compor a obra "Escritos de Colatina".
Os interessados em terem suas obras publicadas têm até o dia 31 de maio para enviar os textos. Dentre os requisitos para garantir a participação, publicados em edital nesta quarta-feira (14), está o envio dos trabalhos em arquivo Word, exclusivamente, para o e-mail [email protected]. Além disso, as composições podem contemplar diferentes tipologias textuais e diferentes gêneros, tais como: poema, crônica, conto, ensaio, reportagem, cordel, letra de música, esquete ou cena teatral e texto memorialístico.
Os materiais devem ter no máximo 5 mil caracteres com espaços e não deverão ser acompanhados de desenhos ou fotos. O arquivo também deverá conter os elementos título, nome do autor e no máximo três de crédito curricular.
De acordo com o secretário de Cultura de Colatina e idealizador da proposta, Adilson Vilaça, o lançamento do livro do centenário colatinense, que deve acontecer em agosto, mês de aniversário da cidade, marcará uma sequência de obras que dão nome ao projeto "Escritos de Colatina".
Dentro da abrangência do tema, o secretário e historiador diz que podem haver distintas abordagens. "Desde que os textos se enquadrem nos requisitos do edital e estejam atentos ao tema do centenário, é possível falar da esperança em Colatina, do melhor momento do autor na cidade, de lembranças cotidianas, da infância, de uma relação de amor, entre outros. É muito amplo, um tema guarda-chuva", destacou.
Para o secretário, a expectativa é de que os colatinenses tenham ampla participação no livro que chamou de 'histórico'. "Será uma obra para sempre registrada. E a resposta até agora está sendo muito boa. Nem todo mundo é muito afeito ao digital, mas já me procura mostrando interesse e perguntando como fazer", comemorou.
Adilson diz ainda que os 40 membros da Academia de Letras já têm participação garantida, dentre eles artistas de diversos nichos, como teatro, dança e poesia. "E não há limite máximo previsto de participantes. Haverá, no entanto, um conselho editorial formado por membros da Secretaria de Cultura e da Academia, decidindo quais escritos atendem ao tema e aos requisitos, com um texto razoável. Não precisa ser um Machado de Assis, cada munícipe é relevante", afirmou.
Após o lançamento, os autores ganharão uma pequena quantidade de exemplares, bem como, quem comparecer ao evento em agosto terá direito a um exemplar autografado, já que se trata de uma obra pública. "Qualquer colatinense nativo ou adotivo pode escrever", deixou claro o historiador.
Segundo Vilaça, a ideia do projeto nasce em proposta semelhante à criada na Capital em 1993, com os "Escritos de Vitória". "O município estava sob a direção de Paulo Hartung e eu fui autor do projeto naquele momento, em parceria com a Academia Espírito-Santense de Letras. Vindo para Colatina, a primeira coisa que a secretaria fez foi desenvolver uma proposta cultural estruturante. Articulei a Academia de Letras e Artes de Colatina (Alarc) e juntamos 40 talentos locais. A partir daí, o novo projeto dos livros foi lançado", concluiu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta