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Com orquestra feminina, 'A Filha do Regimento' estreia em Vitória

Com orquestra feminina, "A Filha do Regimento" estreia em Vitória

Pela primeira vez no ES, uma orquestra de ópera será regida por uma maestrina. Espetáculo fica em cartaz nos dias 24 e 25 de agosto, no Palácio Sônia Cabral

Publicado em 25 de agosto de 2019 às 01:30

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Palácio Sônia Cabral, no Centro de Vitória. (Divulgação/Governo do ES)

"A Filha do Regimento" conta a história de uma menina que foi abandonada na França, no século XIX, e foi acolhida por militares de um batalhão do exército francês. Ela cresceu, levou alegria para o local e chamava todos os soldados de "pai", que ajudavam na criação da jovem. A ópera, que estreou em 1840, será apresentada no Palácio da Cultura Sônia Cabral, no Centro de Vitória, nos próximos dias 24 e 25 de agosto com uma produção e direção totalmente feita por mulheres.

Pela primeira vez na história do Espírito Santo, também, uma orquestra - que também será composta apenas por meninas - terá regência de uma maestrina. A escolhida para a missão foi a capixaba Alice Nascimento, formada em Música pela Faculdade de Música do Espírito Santo, que desde abril está coordenando os ensaios do grupo.

"Na música erudita tem uma estatística mundial que mostra que só 4% das orquestras do mundo são regidas por mulheres. É uma cultura muito conservadora e acho que é isso que faz com que poucas mulheres tomem à frente", fala.

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O elenco da ópera é o único departamento do espetáculo que tem homens, já que há papéis masculinos na história. Mas, para a maestrina, o fato é que expor a figura feminina em posição de destaque que pode mudar a cultura: "A expectativa é que seja tudo ótimo, porque estamos nos empenhando muito, mas que também sirva para que outras mulheres e meninas da arte e da música fiquem incentivadas a terem a ambição de ocupar esses postos".

O elenco que vem se preparando desde março deste ano, conta com os solistas Alessandro Santana, Arifer Gomes, Patricia Ilus, Priscila Aquino e Carlos Kelert, além da participação da atriz Suely Bispo. A montagem também tem a participação de um coro jovem com mais 11 cantores.

Patricia Ilus é uma das protagonistas da ópera A Filha do Regimento, encenada no Palácio Sônia Cabral. (Oficina de Ideias/Divulgação)

PROTAGONISTA

A menina que foi abandonada, que é papel principal da história, não assume papel de "coitadinha" no decorrer da narrativa centenária. Ela traz afeto à história e representa um outro olhar no meio de tantos soldados em um ambiente masculino.

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"A história retrata isso muito bem. Todos os soldados cuidam dela, usam parte dos próprios salários para mantê-la e ela prospera. Ela leva alegria, muda a discussão do espaço. E é muito legal trazer essa discussão para a atualidade", fala.

APRESENTAÇÕES

Além das apresentações o projeto desenvolveu ações que buscam dar acesso ao público. No dia 23 de agosto, será realizada uma apresentação gratuita e exclusiva para convidados e alunos de escolas públicas. Também serão realizados dois ensaios abertos gratuitos nos dias 20 e 22 de agosto, a partir das 18h30, no Palácio Sônia Cabral.

"Todas essas ações visam aproximar o público da ópera. Nossa intenção é que as pessoas não tenham mais a impressão de que ópera é um produto apenas para um determinado público. A ópera é para todos. Queremos que cada vez mais pessoas tenham acesso ao projeto e a outras produções aqui do Espírito Santo", ressalta a produtora Ludmila Porto.

SERVIÇO

A Filha do Regimento

Onde: Palácio da Cultura Sônia Cabral (Praça João Clímaco, s/n, Centro de Vitória)

Quando: 24 e 25 de agosto de 2019 (sexta, sábado e domingo), às 19h30 (sexta e sábado) e às 18h (domingo)

Ingressos: R$ 20 (meia-entrada); R$ 40 (inteira) - Vendas na bilheteria do local

ENSAIOS

Onde: Palácio da Cultura Sônia Cabral (Praça João Clímaco, s/n, Centro de Vitória)

Quando: terça (20) e quarta-feira (21), a partir das 18h30

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Entrada franca

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