Falar novamente sobre toda a transformação pela qual passou a franquia Velozes & Furiosos seria repetitivo críticos como este que vos escreve têm feito isso pelo menos desde Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (2011). Uma das novidades do filme que se passa no Brasil é a presença de Dwayne The Rock Johnson, talvez o maior astro de ação dos últimos anos, como Luke Hobbs, o superpolicial que perseguia Dominic Toretto e cia.
No sétimo filme da franquia, devidamente intitulado Velozes e Furiosos 7 (2015), surgiu um novo personagem interessante, o vilão Deckard Shaw (Jason Statham), um cara tão habilidoso com carros, brigas e armas quanto os protagonistas da franquia. Deckard faz um estrago nos protagonistas apenas para, no filme seguinte, de 2017, irar aliado de toda a rapaziada.
A novidade trazida por Velozes e Furiosos 8 (não perca a conta) era justamente a química entre The Rock e Statham, entre Hobbs e Shaw, o choque entre EUA e Inglaterra. Acontece que Vin Diesel e outros atores não estavam satisfeitos com The Rock roubando a cena e, consequentemente, a grana, visto que logo foi anunciada a produção de Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw, em cartaz desde quinta no Estado.
O nono filme da franquia é dirigido por David Leitch (John Wick e Deadpool 2), um ex-dublê que tem conquistado a indústria de ação ao lado do colega Chad Stahelski, que seguiu dirigindo os filmes da franquia John Wick enquanto Leitch optou por novas empreitadas.
De Velozes e Furiosos Hobbs & Shaw pega emprestado os personagens e o cartunesco universo que ignora qualquer lei de física. Apesar de carregar a franquia no nome, o novo filme deixa ainda mais de lado os veículos (e as regras morais das pistas) que, no fim das contas, continuam tendo papel relevante na saga.
A TRAMA
O roteiro, se é que ele importa, logo introduz os novos personagens, Brixton Lore (Idris Elba), um vilanesco ciborgue, e Hattie (Vanessa Kirby), agente do MI6 (serviço secreto britânico) e irmã de Shaw. Em seguida vemos os dois heróis levando uma vida normal até que acabam convocados para voltar à ação: um vírus pode dizimar a humanidade. Contra a vontade, então, eles se reúnem com Hattie para enfrentar Lore. Fórmula batida, roteiro idem, mas quem se importa?
Hobbs & Shaw é excelente no que se propõe a ser, uma diversão barata e descartável, para ser consumida e esquecida, e isso não é demérito. Seguindo os moldes de Velozes e Furiosos 8, o filme abusa da grandiosidade, locações impressionante e grandes sequências de ação a mais simples dela serviria perfeitamente como o clímax para outros blockbusters; só não espere seriedade e algum tipo de lógica.
NOTA: 7,5
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