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Cultura do ES terá relatório em tempo real de impactos da pandemia

Cultura do ES terá relatório em tempo real de impactos da pandemia

Pesquisa on-line detalhará no que resultou a queda brusca de receita da indústria do entretenimento no Brasil. Lei Aldir Blanc pode ajudar o cenário com R$ 60 milhões ao ES, se aprovada pelo presidente Bolsonaro

Publicado em 23 de junho de 2020 às 12:20

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Fabrício Noronha, Secretário Estadual de Cultura
O secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha. (Hélio Filho/Secom)

A partir do dia 29 deste mês, o Espírito Santo estará em relatório nacional em tempo real que detalha os impactos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus na Cultura. O documento virtual medirá o quanto a paralisação das atividades artísticas provocou em queda de receita e a pesquisa para sua elaboração é feita em todo o país com artistas, técnicos, empresários do ramo e agitadores culturais.

Desde o último dia 10, esses profissionais respondem a questionário on-line e as respostas de cada um é que vão compor o relatório final, como explica o secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha.

"A gente já vai começar a ter dados antes do primeiro mês de lançamento da pesquisa. O relatório vai fazer com que a gente entenda os impactos a curto, médio e longo prazo para economia criativa e setor cultural", explicou, em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, na CBN Vitória, na manhã desta terça (23).

Os dados poderão ainda ser comparados entre os estados brasileiros, já que, a rigor, todos eles estarão no relatório. "É importante que os agitadores participem para que nós, gestores, possamos decidir quais atitudes devem ser tomadas. No dia, 29, participaremos de uma live com outros secretários, autoridades e até a Unesco, onde serão divulgados os primeiros dados da pesquisa", continuou.

Aspas de citação

Há uma perpectiva de os museus voltarem primeiro. Antes não tínhamos exemplos. Mas, na Espanha e em Portugal, essas atividades já estão voltando com algumas restrições e regras. Festivais de música, por exemplo, são difíceis de retomar pela alta aglomeração

Fabrício Noronha
Secretário de Estado da Cultura
Aspas de citação

"Tem que complementar o cenário (deste relatório) com outras pesquisas, outros estudos. Mas as informações do relatório já estarão em tempo real, uma vez que o hotsite atualiza automaticamente essas respostas", disse.

Boletins com resultados parciais ainda serão divulgados periodicamente para subsidiar com informações uma gama de agentes culturais em níveis nacional e internacional. A equipe técnica, composta por pesquisadores com experiência internacional que atuam em setores distintos das indústrias culturais e criativas, vai coletar e tratar os dados para que eles sejam úteis à realidade do país como um todo, levando em consideração as especificidades de cada Estado.

LEI ALDIR BLANC

Em vias de ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Lei Aldir Blanc dará ao Espírito Santo um aporte na ordem de R$ 60 milhões, provenientes de fundo cultural que, hoje, conta com algo em torno de R$ 3 bilhões. Aprovado pelo Congresso, o texto prevê tratamento especial para equipamentos culturais independentes e artistas de diferentes graus de vulnerabilidade.

De acordo com a previsão de Noronha, a verba deve, sim, ser sancionada pelo chefe do Executivo. "Estamos confiantes com a sanção. Foi um acordo que teve ampla participação e vai impactar em torno de R$ 60 milhões o Estado todo. Metade vai para o fundo estadual e a outra metade será dividida em partes proporcionais entre os 78 municípios capixabas", detalhou.

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No Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) já lançou um edital emergencial para os artistas afetados pela crise da Covid-19. Ao todo, foram 300 projetos contemplados com prêmios de R$ 1,2 mil cada. A última etapa da seleção foi até o último dia 1°.

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