A partir do dia 29 deste mês, o Espírito Santo estará em relatório nacional em tempo real que detalha os impactos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus na Cultura. O documento virtual medirá o quanto a paralisação das atividades artísticas provocou em queda de receita e a pesquisa para sua elaboração é feita em todo o país com artistas, técnicos, empresários do ramo e agitadores culturais.
Desde o último dia 10, esses profissionais respondem a questionário on-line e as respostas de cada um é que vão compor o relatório final, como explica o secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha.
"A gente já vai começar a ter dados antes do primeiro mês de lançamento da pesquisa. O relatório vai fazer com que a gente entenda os impactos a curto, médio e longo prazo para economia criativa e setor cultural", explicou, em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, na CBN Vitória, na manhã desta terça (23).
Os dados poderão ainda ser comparados entre os estados brasileiros, já que, a rigor, todos eles estarão no relatório. "É importante que os agitadores participem para que nós, gestores, possamos decidir quais atitudes devem ser tomadas. No dia, 29, participaremos de uma live com outros secretários, autoridades e até a Unesco, onde serão divulgados os primeiros dados da pesquisa", continuou.
"Tem que complementar o cenário (deste relatório) com outras pesquisas, outros estudos. Mas as informações do relatório já estarão em tempo real, uma vez que o hotsite atualiza automaticamente essas respostas", disse.
Boletins com resultados parciais ainda serão divulgados periodicamente para subsidiar com informações uma gama de agentes culturais em níveis nacional e internacional. A equipe técnica, composta por pesquisadores com experiência internacional que atuam em setores distintos das indústrias culturais e criativas, vai coletar e tratar os dados para que eles sejam úteis à realidade do país como um todo, levando em consideração as especificidades de cada Estado.
Em vias de ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Lei Aldir Blanc dará ao Espírito Santo um aporte na ordem de R$ 60 milhões, provenientes de fundo cultural que, hoje, conta com algo em torno de R$ 3 bilhões. Aprovado pelo Congresso, o texto prevê tratamento especial para equipamentos culturais independentes e artistas de diferentes graus de vulnerabilidade.
De acordo com a previsão de Noronha, a verba deve, sim, ser sancionada pelo chefe do Executivo. "Estamos confiantes com a sanção. Foi um acordo que teve ampla participação e vai impactar em torno de R$ 60 milhões o Estado todo. Metade vai para o fundo estadual e a outra metade será dividida em partes proporcionais entre os 78 municípios capixabas", detalhou.
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