Órfãos de "Glee" (como o repórter que escreve o texto), a abstinência está chegando ao fim! Ainda de luto com a morte do "furacão latino" Santana Lopez (no início da semana, o corpo de Naya Rivera foi encontrado em um lago na Califórnia, para a tristeza dos "gleemaníacos"), os amantes da icônica série de Ryan Murphy, da qual Rivera era uma das protagonistas, devem curtir "Perfect Harmony", que chegou nesta segunda (13), ao canal Fox Premium.
A trama, que será exibida todas as segundas, às 21h25, tem música, comédia, intrigas, romances, dramalhões folhetinescos e uma disputa de corais, elementos narrativos também vistos em "Glee".
A diferença é que a antiga atração tinha como foco as confusões de adolescentes em um colégio americano. "Perfect Harmony", cuja primeira temporada conta com 13 episódios, centra sua trama sobre o coral da igreja da pequena Conley Fork, em Kentucky, um dos estados mais conservadores dos Estados Unidos.
Ex-professor de Princeton, Arthur Cochran (Bradley Withford, de "O Conto da Aia") entra em depressão após a morte da mulher e acaba assumindo um grupo que conta com cantores desafinados e cheios de problemas pessoais. Além de mentor, Arthur acaba sendo uma espécie de psicólogo da turma, resolvendo vários (e intermináveis, podem ter certeza!) atritos no grupo.
A questão é: em semanas, começa uma competição que pode mudar a vida de todos. Não vale chamar a série de "Glee" da fase adulta, hein!
Ainda no elenco, Anna Camp (A Escolha Perfeita e The Good Wife); Tymberlee Hill (Grey's Anatomy); Rizwan Manji (O Ditador); e Will Greenberg (Wrecked e The Grinder), só para citar os principais.
Projeto mais importante da carreira de Lesley Wake, que trabalhou na produção de programas como "American Dad!" e "10 Coisas que Eu Odeio em Você", "Perfect Harmony" tem acertos e erros, na mesma proporção. O roteiro é excessivamente cafona, com subtramas edificantes, que beiram o nonsense. Talvez por isso tenha dividido crítica e público em solo norte-americano.
O pecado, porém, é redimido com boas cenas musicais e pelo talento de Bradley Withford e Anna Camp, que encarna uma garçonete de grande poder vocal, mas que enfrenta um divórcio complicado com um marido canastrão (Will Greenberg).
Aproveitando a estreia de "Perfect Harmony", que ainda não teve a sua segunda temporada garantida, o "Divirta-se" criou uma lista com ótimas séries musicais. Entre no clima!
É impossível começar a lista sem a melhor série musical da TV americana. Polêmicas e tragédias de bastidores à parte (que fizeram o programa ganhar ares de amaldiçoado), a atração de Ryan Murphy chama a atenção por seu excelente elenco, e por contar com números musicais que resgataram faixais desconhecidas do grande público, como clássicos dos anos 1960, 1970 e 1980, como "River Deep, Mountain High", de Ike e Tina Turner, e "Don't Rain On My Parade", do musical "Funny Girl". As seis temporadas estão disponíveis na Netflix e Amazon Prime.
São seis temporadas que extasiaram os amantes da música country. A cantora Rayna Jaymes (Connie Britton) vê sua carreira desandar, enquanto a novata Juliette Barnes (Hayden Panettiere) brilha nos holofotes. Para piorar, ela enfrenta uma crise no casamento com Teddy Conrad (Eric Close) e precisa lidar com a constante presença de um antigo amor, Deacon Claybourne (Charles Esten), que é também o guitarrista da sua banda. A direção é da excelente Callie Khouri, roteirista vencedora do Oscar por "Thelma & Louise". Em cartaz na Amazon Prime vídeo.
Uma série para quem adora os bastidores das superproduções da Broadway. Em foco, a busca pela estrela para uma peça que vai retrar a vida de Marilyn Monroe. Duas aspirantes à celebridade entram na briga: Karen Cartwright (Katharine McPhee) e Ivy Lynn (Megan Hilty). As passagens musicais esbarram na verborragia cênica, mas as duas temporadas merecem ser assistidas. Disponível no Globoplay.
Hit do canal Fox Premim, "Empire" chamou a atenção pelo retrato naturalista dos bastidores de uma gravadora de hip-hop. Além das excelentes cenas musicais, o programa vale pela brilhante atuação de Taraji P. Henson. Com suas caras e bocas e (muita) ostentação, ela dá sabor à atração como uma ex-presidiária estravagante, Cookie. Em cartaz na Amazon Prime Vídeo.
Outra série que esbarra no kitch, e no clima oitentista, para apresentar números musicais extremamente coloridos e estilizados. Rebecca (Rachel Bloom, ótima atriz), uma mulher impulsiva, resolve desistir de tudo: sua parceria em uma firma de advocacia de sucesso e seu belo apartamento em Manhattan, para embarcar em uma viagem (sem volta) rumo ao amor desconhecido. Pode ser conferida na Netflix.
Essa é "Made in Brazil", produzida pela Netflix em parceria com a produtora KondZilla, a mais influente no país quando o assunto é funk. "Sintonia" traz as histórias de Doni, Nando e Rita, moradores da mesma favela em São Paulo. Crescendo juntos pelas ruas da comunidade, eles descobriram aos poucos o mundo do tráfico de drogas, da religião e também da música. Destaque para os três atores protagonistas, Christian Malheiros, Jottapê Carvalho e Bruna Mascarenhas. Uma segunda temporada já estã em processo de pré-produção.
O programa foi criado por quem entende de musicais, Baz Luhrmann. Sucesso de crítica, não foi bem recebido pelo público (injustamente), sendo cancelada após a primeira temporada. Ambientada em Nova York durante o ano de 1977, "The Get Down", e sua perfeita reconstituição de época, conta a história de como, à beira da falência, a grande metrópole deu origem a um novo movimento musical no bairro do Bronx, focado nos jovens negros e de minorias que são marginalizados. Disponível na Netflix.
Premiada série que tem como base o livro de memórias da oboísta Blair Tindall ("Mozart in the Jungle: Sex, Drugs, and Classical Music"). Aqui, brilha a estrela de Gael Garcia Bernal, em ótima performance. O ator mexicano encarna um maestro que comanda a Sinfonia de Nova York. Sua vida muda completamente quando uma jovem oboísta (Lola Kirke) anseia por uma grande chance. Em cartaz na Amazon Prime.
O programa se destaca por sua trama inusitada: levar o formato musical para o gênero épico. A fórmula mais erra do que acerta. O talentoso Alan Menken assina as músicas da trilha sonora. Era uma vez o corajoso herói Galavant (Joshua Sasse), matador de dragões, protetor dos inocentes e defensor dos oprimidos. Mas um dia, o malvado Rei Richard (Timothy Omundson) cai de amores pela amada de Galavant, Madalena (Mallory Jansen), e a sequestra. Será que essa história vai terminar bem? Não vou dar spoilers. Infelizmente, não está disponível no Brasil.
Um pouco de nostalgia sempre vai bem. A trama, lançada em 2006, lançou a carreia de Miley Cyrus, na época uma aposta da Disney. A história acompanha Miley Stewart, uma adolescente que, durante o dia, era uma garota comum. A noite, porém, virava uma rockstar. Para isso, bastava colocar uma peruca. As quatro temporadas estão disponíveis no Google Play.
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