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De união de compositores, Confraria das Letras vira banda e lança clipe

De união de compositores, Confraria das Letras vira banda e lança clipe

Músicos apresentam a música "Caraíva Meu Amor", que já chega com videoclipe

Publicado em 27 de outubro de 2020 às 17:07

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Confraria das Letras
Anderson Ventura, Frederico Nery, Flávio Marão, Diego Lyra e Rodrigo CX formam a Confraria das Letras. (Aron Ribas)

Há pouco mais de um ano, os artistas da Confraria das Letras conversaram com A Gazeta e compartilharam o que estavam produzindo para cena cultural capixaba e os planos para o futuro. De lá para cá, o projeto cresceu, se desenvolveu e chega com novidades para o público.

A trupe de compositores formada por nomes famosos na música capixaba continua com cinco integrantes: Anderson Ventura, ex-Java Roots; Diego Lyra, banda Kalifa e A Maravilhosa & Mágica Orquestra de Rua; Frederico Nery, vocalista da banda Macucos; Rodrigo CX, da banda Salvação; e o músico Flávio Marão, do Projeto Feijoada, que substituiu Bruno Zampa.

Na época da primeira entrevista, cinco músicas já estavam prontas e outras cinco 'iam ao forno'. Agora, eles estão se lançando no mercado. Sim, os amigos resolveram não só escrever juntos como unir as vozes e os talentos musicais e formar uma banda.

Mas calma, que tudo será levado como um projeto paralelo pelos músicos que continuarão com suas carreiras em grupo ou solo e seguirão com seus encontros semanais para compor. O que sair dali, será apresentado para o mundo como produto da banda.

“O grupo aconteceu de uma maneira bem informal. Todos nós somos músicos e amigos de trabalho. Frequentamos um a casa do outro. Estamos sempre por perto. E aos poucos fomos pensando nessa ideia do encontro semanal e foi quando nasceu a Confraria das Letras”, conta Anderson Ventura sobre a origem de tudo.

Nesta segunda-feira (26), a trupe lançou o videoclipe da canção “Caraíva, meu amor”. A composição da obra é da própria Confraria das Letras, já com Flávio na formação, e com a participação de Zampa, que gravou a faixa de maneira solo há quatro meses.

O xote canta com saudade o vilarejo litorâneo e ribeirinho de Caraíva, localizada no extremo sul da Bahia. O vocalista da banda Macucos, conta que “Caraíva, Meu Amor” foi escrita após um dos integrantes do projeto chegar ao encontro semanal do projeto cantarolando o que agora é o refrão da música.

Fred diz que o verso contagiou os amigos e a partir do “Caraíva, meu amor” cada um dos artistas foi co-criando mais versos e arranjando a música coletivamente.

“Foi uma experiência fantástica. O coletivo é bom para exercitar a onda de composição de cada um. A gente aprende muito. Aprende a aceitar as dicas do parceiro, a fazer trocas. Esse é um exercício necessário para todo compositor”, reflete Fred. O músico adianta que mais outras duas canções, “Calmaria” e “Coisa boa”, já estão sendo produzidas pelo projeto.

VIDEOCLIPE EM MANGUINHOS

“Caraíva, meu amor” não fala somente do paradisíaco vilarejo da Bahia. Apesar dele ser o tema da canção, nos versos, os artistas cantam e saúdam também os encontros, as partilhas, o amor e a simplicidade. Com esse espírito, o projeto Confraria das Letras desenhou o videoclipe da primeira canção lançada pelo grupo.

E o cenário escolhido foi o hostel Casa Tatu do Bem, localizado em Manguinhos, na Serra, balneário conhecido pela calmaria e estilo bucólico. As imagens que ilustram a canção foram captadas pelo videomaker Aron Ribas e pelo fotógrafo e piloto de drone, Arnold Bertulani.

ISOLAMENTO SOCIAL

Os encontros semanais dos músicos e amigos foram minguando ao longo de 2020. A interrupção das reuniões se deu a partir das recomendações de distanciamento social indicadas pelas autoridades de saúde como forma de reduzir a propagação do novo coronavírus.

Por conta da pandemia, os amigos não mais se viram com tanta regularidade. As tardes de segundas-feiras na Barra do Jucu foram substituídas pela distância, quase que compulsória, e cada artista viu-se diante de um novo mundo. “Durante a pandemia, nós buscamos produzir de outra maneira. Não conseguimos manter os encontros semanais, mas continuamos trocando e compartilhando arte”, conta Anderson Ventura.

O artista lembra que em seu isolamento social um silêncio se estendeu, especialmente com a chegada do inverno. “Foi um momento de contemplação maior. Eu me lembro que a natureza estava mais bonita e havia mais silêncio no ar. E isso tudo foi bastante inspirador e me auxiliou bastante a compor e cuidar das coisas que valem a pena”, reflete.

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*Lorraine Paixão é aluna do 23° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob orientação do editor Erik Oakes.

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