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Escolas só devem desfilar se Carnaval de Vitória 2021 for até junho

Escolas só devem desfilar se Carnaval de Vitória 2021 for até junho

Presidentes das ligas das escolas de samba capixabas alegam que agremiações atropelariam o cronograma de 2022 com desfiles após a data limite, que é dia 15 de junho

Publicado em 13 de novembro de 2020 às 16:37

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Carnaval de Vitória 2020: desfile da escola de samba Unidos de Jucutuquara, no Sambão do Povo
Carnaval de Vitória 2020: desfile da escola de samba Unidos de Jucutuquara, no Sambão do Povo. (Fernando Madeira)

Se não for para o Carnaval de Vitória acontecer até meados de junho do ano que vem, pode ser que algumas escolas de samba do Espírito Santo não consigam desfilar em 2021. É que a partir de julho, mês seguinte à data limite que a reportagem apurou, as agremiações já se dedicam ao planejamento do samba do ano seguinte - no caso, de 2022. Assim, uma apresentação no Sambão do Povo iria atropelar a preparação da outra devido ao curto espaço de tempo.

A informação é confirmada pelos presidentes da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge), Edvaldo Teixeira, e da Liga Espírito-santense das Escolas de Samba (Lieses), Edson Neto. "Todas as escolas sabem que se for para ser depois de junho não há tempo para os desfiles acontecerem. Estamos com a possibilidade de ser adiado para maio, mas tudo depende das definições do governo do Estado", completa Edson.

"Não vai ter carnaval sem vacina", crava Edvaldo, que também corrobora: "Fevereiro a gente já acha difícil. E aí tem que ver a questão do tempo para fazermos o Carnaval. Tem presidente de escola do nosso grupo (Especial) que diz que já não vai desfilar depois de 15 de junho". 

Para definir a folia capixaba, Lieses e Liesge dependem de reunião com lideranças da Prefeitura de Vitória (PMV), governo do Estado, Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e das próprias agremiações que ainda terá data marcada para acontecer. O encontro seria em outubro, mas foi adiado para uma data ainda não definida pelo Executivo.

SEM CONSENSO

Mas essa ideia da desistência de escolas de samba não é consenso entre as ligas. Isso porque a Liesge também diz que, já que a reunião não aconteceu, não é possível dizer, agora, como será a folia do ano que vem.

"Não é consenso ainda. Uns não querem nem carnaval, em vista do tempo e investimento. Outros fomentam ter evento fora de época até porque o carnaval é definido pelo calendário católico, na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas", começa o diretor jurídico da Liesge, Slin Ribeiro.

E continua: "Nem sequer houve reunião ou assembleia para deliberarmos sobre o assunto. Acredita-se que sem vacina não só o carnaval, mas nenhum evento para grande público deve ser autorizado (para fevereiro)".

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